quarta-feira, 22 de abril de 2015

Charles Aznavour - La Bohème





Charles Aznavour - nascido em Paris, a 22 de Maio de 1924 - é um cantor francês de origem arménia, também letrista e actor.

Além de ser um dos mais populares e com maior longevidade do mundo da canção françesa, é também um dos cantores franceses mais conhecidos no exterior. Actuou em mais de 60 filmes, compôs cerca de 850 canções (incluindo 150 em inglês, 100 em italiano, 70 em espanhol e 50 em alemão) e já vendeu bem mais que 100 milhões de discos. Aznavour começou a sua tournée global de despedida no fim de 2006. Após obter a cidadania arménia em Dezembro de 2008, Aznavour aceitou, em 12 de Fevereiro de 2009, tornar-se embaixador da Arménia na Suíça. O anúncio oficial dessa nomeação foi feito a 6 de Maio de 2009.

 Carreira cinematográfica 

Aznavour teve uma longa e variada carreira paralela como actor, aparecendo em mais de 60 filmes. Em 1960, Aznavour estrelou "Disparem sobre o Pianista", de François Truffaut, no papel do personagem Édouard Saroyan. Também teve uma performance aclamada em 1974, no filme "And Then There Were None", e teve um importante papel secundário no filme "O Tambor", de 1979, vencedor do Óscar (Academy Award) de melhor filme em língua estrangeira, em 1980. Em 2002, estrelou o filme "Ararat", interpretando Edward Saroyan, um cineasta.

 Biografia 

Aznavour nasceu Shahnour Vaghinagh Aznavourian (em arménio: Շահնուր Վաղինակ Ազնավուրյան), filho dos imigrantes arménios Michael e Knar Aznavourian. Os seus pais, que eram artistas, introduziram-no no mundo do teatro em tenra idade.

Começou a actuar aos nove anos de idade e logo assumiu o nome artístico Charles Aznavour. O seu grande "estouro" aconteceu quando a cantora Édith Piaf o ouviu cantar e o levou consigo numa tournée pela França e pelos Estados Unidos.

Frequentemente descrito como o Frank Sinatra de França, Aznavour canta principalmente o amor. Escreveu musicais e mais de mil canções, gravou mais de 100 álbuns e apareceu em 60 filmes, incluindo "Disparem sobre o Pianista" e "O Tambor". Aznavour canta em muitas línguas (francês, inglês, italiano, espanhol, alemão, russo, arménio e português), o que o ajudou a apresentar-se no Carnegie Hall e noutras casas de espectáculos pelo mundo fora. Gravou pelo menos uma canção do poeta Sayat Nova, do século XVIII, em arménio. "Que c'est triste Venise" - cantada em francês, em italiano ("Com'è triste Venezia"), espanhol ("Venecia sin tí"), inglês ("How sad Venice can be", "The Old-Fashioned Way") e alemão ("Venedig im Grau") - que está entre as mais famosas canções poliglotas de Aznavour. Nos anos 1970, Aznavour tornou-se um grande sucesso no Reino Unido, onde sua canção "She" saltou para o número um nas paradas de sucessos.

Admirador do Quebeque, tem ajudado a carreira da cantora e letrista "quebequense" Lynda Lemay em França, e tem uma casa em Montréal.

Desde o terremoto de 1988, na Armênia, Aznavour tem ajudado o país através de sua obra de caridade: a Fondation Aznavour Pour L'Arménie ("Fundação Aznavour para a Arménia"). Há uma praça com o seu nome na cidade de Erevan, na rua Abovian. Aznavour é membro da Câmara Internacional do Fundo de Curadores da Arménia. A organização tem arrecado mais de 150 milhões de dólares em ajuda humanitária e assistência de desenvolvimento de infra-estrutura para a Armênia desde 1992. Charles Aznavour foi nomeado como "Officier" (Oficial) da Légion d'Honneur em 1997.

Em 1988, Charles Aznavour foi eleito "artista do século" pela CNN e pelos usuários da Time Online espalhados pelo mundo. Aznavour foi reconhecido como notável performer do século com cerca de 18% da votação total, derrotando Elvis Presley e Bob Dylan. Após a morte de Frank Sinatra, Charles Aznavour é o último dos crooners tradicionais.

A lista de artistas que já cantaram Aznavour abrange de Fred Astaire a Bing Crosby, de Ray Charles a Liza Minelli. Elvis Costello gravou "She" para o filme "Notting Hill". O tenor Plácido Domingo é um grande amigo de Aznavour e, frequentemente, canta os seus hits, principalmente a versão de Aznavour de "Ave Maria", de 1994.

No início do outono de 2006, Aznavour iniciou a sua tournée de despedida, apresentando-se nos Estados Unidos e no Canadá, deixando óptimas lembranças. Em 2007, Aznavour fez concertos no Japão e no resto da Ásia. Com mais de oitenta anos de idade, Aznavour demonstra excelente saúde. Ainda canta em várias línguas e sem teleponto, mas tipicamente canta apenas em duas ou três - francês e inglês são as duas primárias - espanhol e italiano em terceiro lugar, durante a maioria dos concertos. Em 30 de Setembro de 2006, Aznavour apresentou-se num grande concerto em Erevan, capital da Arménia, como estreia da série "Arménia, minha amiga" na França. O presidente arménio Robert Kocharian e o presidente francês Jacques Chirac, na época em visita oficial à Arménia, estavam na primeira fila.

Na sua turnê mundial, em 2008, passou também pelo Pavilhão Atlântico, em Lisboa, no dia 23 de Fevereiro.


 Curiosidades 

Aznavour sempre foi consciente de sua baixa estatura — 1,60 m. No entanto, desenvolveu uma tremenda presença de palco e comando.

Aznavour possui voz de tenor, mas geralmente "estica" para barítono.

A alcunha de Aznavour é Charles Aznavoice (Aznavoz), usado tanto por críticos quanto afectivamente por alguns fãs.

O seu nome serviu de inspiração para o personagem Char Aznable da mais importante série de ficção científica japonesa, "Mobile Suit Gundam". No Japão, é um dos personagens de anime mais cultuados da história.

Charles participou de um episódio da primeira temporada do "The Muppet Show".


Prémios e reconhecimentos 

Em 1963, 1971 e 1980 - Edison Prémios (três vezes award winner)

Em 1971 - Golden Lion Award honorário no Festival de Cinema de Veneza para a versão italiana da música "Mourir d'aimer"

Em 1995 - Grande Medalha da Academia Francesa

Em 1995 - Embaixador da Boa Vontade e Permanente Delegado da Armênia para a UNESCO

Em 1996 - Indução para o Songwriters Hall of Fame

Em 1996, Aznavour foi elencado no Hall da Fama dos Letristas.

Em 1997, Aznavour foi premiado na França como artista masculino do ano.

Em 1997, Aznavour foi premiado com o César honorário.

Em 1997 - Francês Victoire prêmio de artista masculino do ano

Em 1997- Honorary Award César

Em 1997 - Officier (oficial) da Legion d'honneur

Em 2004 - Herói Nacional da Arménia

Em 2004, Aznavour recebeu o título de "Herói Nacional da Arménia".

Em 2006, Aznavour foi laureado pelo 30º Festival de Cinema do Cairo.

Em 2006 - prémio honorário em 30 Cairo Film Festival

Em 2008 - Director Honorário da Ordem do Canadá

Em 2008  - Cidadania da República da Arménia

Em 2009 - MIDEM Lifetime Achievement Award

Em 2009 - Grigor Lusavorich prêmio de Nagorno-Karabakh República

Em 2009 - Oficial da Ordem Nacional de Quebec

Em 2010 - fim de Honra "pelo excelente contributo para o reforço dos laços culturais entre a Rússia e a França"




Nota: o presente post recolheu informação da Wikipedia, Youtube e Letras.mus.br





Charles Aznavour

La Bohème



Je vous parle d'un temps
Que les moins de vingt ans
Ne peuvent pas connaître
Montmartre en ce temps-là
Accrochait ses lilas
Jusque sous nos fenêtres
Et si l'humble garni
Qui nous servait de nid
Ne payait pas de mine
C'est là qu'on s'est connu
Moi qui criait famine
Et toi qui posais nue

La bohème, la bohème
Ça voulait dire on est heureux
La bohème, la bohème
Nous ne mangions qu'un jour sur deux

Dans les cafés voisins
Nous étions quelques-uns
Qui attendions la gloire
Et bien que miséreux
Avec le ventre creux
Nous ne cessions d'y croire
Et quand quelque bistro
Contre un bon repas chaud
Nous prenait une toile
Nous récitions des vers
Groupés autour du poêle
En oubliant l'hiver

La bohème, la bohème
Ça voulait dire tu es jolie
La bohème, la bohème
Et nous avions tous du génie

Souvent il m'arrivait
Devant mon chevalet
De passer des nuits blanches
Retouchant le dessin
De la ligne d'un sein
Du galbe d'une hanche
Et ce n'est qu'au matin
Qu'on s'assayait enfin
Devant un café-crème
Epuisés mais ravis
Fallait-il que l'on s'aime
Et qu'on aime la vie

La bohème, la bohème
Ça voulait dire on a vingt ans
La bohème, la bohème
Et nous vivions de l'air du temps

Quand au hasard des jours
Je m'en vais faire un tour
A mon ancienne adresse
Je ne reconnais plus
Ni les murs, ni les rues
Qui ont vu ma jeunesse
En haut d'un escalier
Je cherche l'atelier
Dont plus rien ne subsiste
Dans son nouveau décor
Montmartre semble triste
Et les lilas sont morts

La bohème, la bohème
On était jeunes, on était fous
La bohème, la bohème
Ça ne veut plus rien dire du tout





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