quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Edith Piaf - La vie en rose





Édith Giovanna Gassion - nascida em Paris, a 19 de Dezembro de 1915, e falecida em Plascassier, a 11 de Outubro de 1963 - ou, simplesmente, Édith Piaf foi uma cantora francesa de música de salão e variedades, mas foi reconhecida internacionalmente pelo seu talento no estilo francês da chanson.

O seu canto expressava claramente sua trágica história de vida. Entre os seus maiores sucessos estão "La vie en rose" (1946), "Hymne à l'amour" (1949), "Milord" (1959), "Non, je ne regrette rien" (1960). Participou em peças teatrais e filmes. Em Junho de 2007, foi lançado um filme biográfico sobre a sua vida, "La Vie en Rose" (originalmente "La Môme"), realizado por Olivier Dahan.

Édith Piaf está sepultada na mais célebre necrópole parisiense, o cemitério do Père-Lachaise. O seu funeral foi acompanhado por uma multidão poucas vezes vista na capital francesa. Hoje, o seu túmulo é um dos mais visitados por turistas do mundo inteiro.

Segundo a pesquisa da BB, Le plus grand français,Édith Piaf foi considerada a 10ª maior francesa de todos os tempos.

Piaf nasceu como Édith Giovanna Gassion, em Belleville, um distrito cheio de imigrantes em Paris. A lenda "diz" que nasceu na calçada da Rue de Belleville 72, mas a sua certidão de nascimento cita o Hospital Tenon, que faz parte de Belleville.

Recebeu o nome de Édith em homenagem a uma enfermeira britânica da Primeira Guerra Mundial que foi executada por ajudar soldados franceses a escapar dos alemães. Piaf, um nome coloquial francês para um tipo de pardal, foi um apelido que lhe foi atribuído, vinte anos depois.

A sua mãe, Annetta Giovanna Maillard (1895–1945), era pied-noir, mais especificamente de ascendência franco-italiana por parte de pai e cabila-berbere por parte da mãe. Trabalhava como cantora num café com o pseudônimo de Line Marsa. Louis-Alphonse Gassion (1881–1944), o pai de Édith, era normando e acrobata de rua, com um passado no teatro. Os pais de Edith abandonaram-na cedo, pelo que ela viveu por um curto período de tempo com a sua avó materna, Emma (Aïcha) Saïd ben Mohammed (1876–1930), que a deixava numa saleta e não cuidava da sua higiene. Ficou 18 meses com a avó; antes de se alistar na armada francesa, em 1916, para lutar na Primeira Guerra Mundial. O pai de Edith levou-a de volta e levou-a para a sua mãe. Esta trabalhava, nessa época, num bordel em Bernay, na Normandia. Lá, prostitutas tomaram conta da pequena Édith.

Dos sete aos oito anos, Édith ficou supostamente cega devido a uma queratite. De acordo com uma das suas biografias, curou-se depois de as prostitutas a terem levado para rezar no túmulo de Santa Teresa de Lisieux (conhecida popularmente como Santa Teresinha). Devido a esse episódio, Édith conservou profunda devoção a Santa Teresinha por toda sua vida.

Em 1922, o pai de Édith levou-a para viver consigo, enquanto trabalhava em pequenos circos itinerantes. Em 1929, aos 14 anos, enquanto o seu pai fazia performances acrobáticas nas ruas de toda a França, Édith cantou pela primeira vez em público.

Com 15 anos, deixou o seu pai e foi viver num quarto do Grand Hôtel de Clermont (na rua Veron, 18, em Paris), indo sozinha cantar no Quartier Pigalle, Ménilmontant e subúrbios de Paris. Nessa época ,juntou-se à amiga Simone Berteaut ("Mômone"), tendo as duas se tornado parceiras em travessuras. Édith estava com 16 anos quando se apaixonou por Louis Dupont, um entregador.

Aos 18 anos, Édith teve a sua única filha, Marcelle, que morreu de meningite com dois anos de idade em 7 de julho de 1935. Como a mãe, Édith encontrou dificuldade em cuidar da filha enquanto vivia de cantoria nas ruas, e deixava Marcelle para trás. Dupont criou a criança até à sua morte.

O namorado seguinte de Édith foi um "cafetão" (proxeneta) chamado Albert, que em troca de não a forçar a se prostituir, cobrava comissões sobre o dinheiro que ela ganhava cantando. Ela terminou o namoro quando uma de suas amigas, Nadia, cometeu suicídio para não se tornar prostituta.

Em 1935, Édith foi descoberta cantando na rua, na área de Pigalle, por Louis Leplée, dono do cabaré Le Gerny's, situado na avenida Champs Élysées, em Paris. Foi ele quem a iniciou na vida artística e a baptizou de "la Môme Piaf", uma expressão francesa que significa "pequeno pardal" ou "pardalzinho", pois ela tinha uma estatura baixa (1,42 m). Lepleé, vendo o quão nervosa Piaf ficava ao cantar, começou a ensinar-lhe como se portar no palco e disse-lhe para começar a usar um vestido preto quando se apresentasse, vestuário que mais tarde se tornou a sua "marca registada" como roupa de apresentação. Ele também fez enorme campanha para a noite de estreia de Piaf no Le Gerny's, o que resultou na presença de várias celebridades, como o actor Maurice Chevalier. e a grande vedeta do music hall, Mistinguett. Foi durante as suas apresentações no Le Gerny's que Piaf conheceu o compositor Raymond Asso e a compositora Marguerite Monnot, que se tornou sua parceira e grande e fiel amiga por toda sua vida. São de Marguerite, composições como "Mon légionnaire", "Hymne à l'amour", "Milord" e "Les Amants d'un jour".

No ano seguinte (1936), Piaf assina contrato com a Polydor e lança o seu primeiro disco "Les Mômes de la Cloche", que se torna sucesso imediato. Porém, no dia 6 de Abril desse mesmo ano, Leplée é assassinado no seu domicílio. Piaf é interrogada e acusada de cúmplice na sua morte, mas acabou sendo absolvida mais tarde. Leplée foi morto por bandidos que tiveram, num passado não muito distante, laços com Piaf, o que gerou uma atenção negativa sobre ela por parte da imprensa, ameaçando, assim, a sua carreira. Para reerguer a sua imagem, retoma contato com Raymond Asso, com quem, mais tarde, também se viria a envolver romanticamente. Raymond passou a ser o seu novo mentor e foi ele quem mudou o seu nome artístico de "La Môme Piaf" para "Édith Piaf" e encomendou a Marguerite Monnot canções que tratassem unicamente do passado de Piaf nas ruas. A partir deste reencontro, Raymond começou a fazer Piaf trabalhar arduamente para se tornar uma cantora profissional de Music Hall.

Entre 1936 e 1937, Piaf apresentou-se no Bobino, um music hall no bairro Montparnasse. Em Março de 1937, faz a sua estreia no music hall ABC, onde se torna, imediatamente, uma enorme vedeta da canção francesa, amada pelo público e difundida pela rádio. Em 1940, estreia-se no teatro numa peça de Jean Cocteau, "Le Bel Indifférent", escrita especialmente para ela, e que a fez contracenar com o seu então companheiro, o actor Paul Meurisse. Ao lado de Paul, estreia-se no cinema, em 1941, no filme "Montmartre-sur-Seine", de Georges Lacombe.

Durante a ocupação alemã em França, Piaf continuou com os seus shows. Muitos consideraram-na uma traidora, mas, acabada a guerra, declarou que trabalhou a favor da resistência francesa. Na primavera de 1944, Piaf conhece o jovem cantor Yves Montand e passa a ser sua mentora e amante.

Em 1945, Piaf escreveu uma das suas primeiras canções: "La Vie en rose", a sua canção mais célebre e o seu grande clássico. Em 1946, Montand estreia-se no cinema, ao lado de Piaf, em "Etoile sans lumière". Neste ano, o romance terminou. Piaf acaba desfazendo o relacionamento quando Montand estava perto de alcançar o mesmo sucesso que ela própria.
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Durante esse tempo, Piaf estava fazendo muito sucesso em Paris e em toda a França. Após a Segunda Guerra Mundial, tornou-se famosa internacionalmente, excursionando pela Europa, Estados Unidos e América do Sul. De início, deparou-se com pouco sucesso entre o público norte-americano. 

Entretanto, após a publicação de brilhante matéria de proeminente crítico de Nova York, Piaf viu o seu sucesso crescer ao ponto da sua popularidade a levar a se apresentar oito vezes no Ed Sullivan Show e duas vezes no Carnegie Hall (1956 e 1957).

Em 1947, fez seus primeiros shows nos Estados Unidos. Em 1948, durante a sua volta aos Estados Unidos, conheceu o grande amor de sua vida: o pugilista Marcel Cerdan. De nacionalidade francesa, mas nascido na Argélia, Marcel era casado ao começar o tórrido romance com Édith Piaf. Pouco tempo depois de os dois se conhecerem, Marcel tornou-se campeão mundial de boxe. Em 28 de outubro de 1949, Marcel morreu num acidente de avião num vôo de Paris para Nova Iorque, onde a reencontraria. Arrasada pelo sofrimento e também pelo sofrimento de poliartrite aguda, Édith Piaf começou a utilizar fortes doses de morfina. O seu grande sucesso "Hymne à l'amour" e "Mon Dieu" foram cantadas por Édith em memória de Marcel.

Em 1951, o jovem cantor Charles Aznavour converteu-se no seu secretário, assistente, motorista e confidente. Piaf ajudou-o a descolar a sua carreira, levando-o em tournée pelos Estados Unidos e pela França e gravando algumas das suas músicas. Em Setembro de 1952, casa-se com o célebre cantor francês Jacques Pills, do qual se divorcia em 1956.

Começa uma história de amor com Georges Moustaki ("Jo"), que Édith lançou para a música. Ao seu lado sofre um grave acidente automobilístico em 1958, que piorou o seu já deteriorado estado de saúde e sa ua dependência de morfina. Edith grava novo sucesso, a canção "Millord", da qual Moustaki é o autor.

Em 1962, Piaf casa-se com Théo Sarapo, cabeleireiro de ascendência grega, que se tornou posteriormente cantor e actor, 20 anos mais novo do que ela.

Edith Piaf morreu a 10 de Outubro de 1963 em Plascassier (na localidade de Grasse nos Alpes Marítimos), aos 47 anos, com a saúde abalada pelos excessos, pela morfina e todo o sofrimento de uma vida.

Piaf alugara uma mansão de 25 divisões perto da praia, onde passou dois meses de descanso com amigos e com o marido. Segundo o seu acordeonista, Marc Bonel, foi um período de muitos gastos: almoços e jantares para 30 a 40 pessoas todos os dias, regados a champagne e whisky.

Por medida de economia, transferiu-se para uma herdade em Plascassier, apenas com a enfermeira, o acordeonista e a secretária, o empresário e o marido, que a essa altura trabalhava num filme em Paris para "assegurar o dinheiro do casal", como dizia a própria Piaf.

Édith Piaf morreu em consequência de uma hemorragia interna, em coma. Como disse certa vez um documentário, "sem um grito, sem uma palavra..." O transporte do seu corpo para Paris foi feito clandestina e ilegalmente e o seu falecimento foi anunciado oficialmente no final do dia 11 de Outubro. Faleceu no mesmo dia que o seu amigo Jean Cocteau e foi enterrada no cemitério do Père-Lachaise (divisão 97).

Édith Piaf influenciou grande parte dos artistas de sua época. Tornou-se, principalmente, uma ponte para que estes se conhecessem; geralmente seu círculo de amizade se encontrava em sua casa. Foi na residência da cantora que grandes nomes da música francesa tiveram o primeiro contato e em diversas vezes iniciaram maravilhosas parcerias musicais, como por exemplo, Gilbert Bécaud, Jacques Pills (célebre cantor francês com quem a intérprete se casou em setembro de 1952), Jacques Plante, Louis Amade, Charles Aznavour (com quem também teve um caso amoroso), Jean Broussolle, Yves Montand, Jacques Prévert, Francis Lemarque, entre tantos outros, hoje também consagrados na história fonográfica da França e do mundo.

Segundo Marc Robine em seu livro «Il était une fois La chanson française: Des trouvères à nos jours», é na casa de Piaf que Gilbert Bécaud começa sua amizade com Charles Aznavour com quem escreverá diversas canções cujas algumas como "Mé qué me qué ou La Ville", serão registadas por cada um deles, interpretadas e preparadas de maneira bem diferente. É ainda na casa da cantora que Bécaud reencontra Jean Broussolle – das Compagnos de La Chanson, que lhe escreverá as letras de "Alors, raconte". Compagnons registaram, no curso de sua longa carreira, uma gama de canções de Bécaud e Aznavour. Ainda na residência de Piaf, Charles Aznavour conhecerá Jacques Plante que virá a ser um de seus grandes colaboradores (For me…formidable, La Bohème, Les Comédiens…). Assim, pouco a pouco, o círculo de relações e de colaborações de Piaf foi se alargando ainda mais. Numa época imediata ao pós-guerra, que via nascer toda uma nova geração de artistas, não só a cantora teve apoio incondicional dos seus amigos, grandes profissionais de música, mas também ajudou na carreira de muitos deles.


As grandes canções de Édith Piaf

L'accordéoniste (1940)
La vie en rose (1946)
Les trois cloches (1946)
Hymne à l'amour (1950)
Padam… Padam… (1951)
Jézebel(1951)
Johnny, tu n'es pas an ange (1953)
Sous le ciel de Paris (1954)
Les amants d'un jour (1956)
Mon manège a moi (Tu me fais tourner la tête) (1956)
Milord'(1959)
Non, je ne regrette rien (1960)





Nota: o presente post recolheu informação da Wikipedia, Youtube e letras.mus.br






Édith Piaf

La Vie en Rose


Des yeux qui font baisser les miens,
Un rire qui se perd sur sa bouche,
Voilà le portrait sans retouche
De l'homme auquel j'appartiens

[Refrain]
Quand il me prend dans ses bras
Il me parle tout bas,
Je vois la vie en rose.
Il me dit des mots d'amour,
Des mots de tous les jours,
Et ça me fait quelque chose.
Il est entré dans mon coeur
Une part de bonheur
Dont je connais la cause.
C'est lui pour moi,
Moi pour lui dans la vie,
Il me l'a dit, l'a juré
Pour la vie.
Et dès que je l'aperçois
Alors je sens en moi
Mon coeur qui bat

Des nuits d'amour à plus finir
Un grand bonheur qui prend sa place
Des ennuis des chagrins s'effacent
Heureux, heureux à mourir.

Quand il me prend dans ses bras
Il me parle tout bas,
Je vois la vie en rose.
Il me dit des mots d'amour,
Des mots de tous les jours,
Et ça me fait quelque chose.
Il est entré dans mon coeur
Une part de bonheur
Donc je connais la cause.
C'est toi pour moi,
Moi pour toi dans la vie,
Il me l'a dit, l'a juré
Pour la vie.
Et dès que je l'aperçois
Alors je sens en moi
Mon coeur qui bat





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