Chamam-se ÁTOA porque no início foi assim, tudo era um pouco à toa: formaram uma banda do nada, fizeram canções quando lhes apetecia e sem grandes compromissos. Mas agora, depois de ganharem um concurso na plataforma digital Tradiio - onde os artistas disponibilizam as suas músicas e o público investe nas suas composições favoritas através de moedas virtuais -, o passatempo tornou-se mais sério. Guilherme Alface, João Direitinho, Rodrigo Liaça e Mário Monginho – quatro amigos de 18 anos – têm agora dois objectivos: cantar em português e agradar ao público.
Tudo começou quando eram ainda crianças. Guilherme (voz, guitarra, piano) e João (guitarra, voz, piano) conheceram-se com 6 anos e, desde cedo, descobriram que partilhavam o mesmo gosto pela música. Começaram a juntar-se para tocar e as primeiras composições foram surgindo. Depois do Ensino Básico, voltaram a encontrar-se no Conservatório Eborae Música em Évora, onde conheceram Rodrigo (bateria, percussão, voz, piano). Com os estudos mais profissionalizados, o gosto pela música cresce e Guilherme e João chegam à conclusão de que precisam de um baterista para dar mais corpo às músicas. Convidam então Rodrigo e Mário (baixo, guitarra) para tocar com eles e formarem uma banda.
Mário é o único autodidacta da banda e aprendeu a tocar de luzes apagadas para decorar o braço da guitarra. Guilherme estudou piano no conservatório, aprendeu a tocar guitarra por curiosidade, e hoje toca piano, guitarra e ukelele. João aprendeu a tocar piano e guitarra nos três anos que estudou no conservatório e tocou durante um ano numa casa de fados em Évora. Já Rodrigo, depois de ter atingido o 5º grau do conservatório de Évora, entrou na Escola Profissional Metropolitana em Lisboa, onde estuda percussão.
Juntos, enquanto ÁTOA, os quatro jovens encontram as suas maiores referências na pop cantada em português, com nomes como Miguel Araújo, Tiago Bettencourt, António Zambujo e os Azeitonas a serem uma fonte de inspiração. São estas influências que vão estar presentes no disco de estreia que estão actualmente a preparar e que deverá ser lançado em Setembro.
Enquanto o álbum não chega, podemos ouvir o novo single ‘Falar a Dois’ e espreitar o canal de YouTube desta jovem banda de Évora.
Nota: o presente post recolheu informação do semanário Sol, do Youtube e letrasmusica.br
ÁTOA
Distância
É difícil entender, tens que dar a cara
Será mais forte o que nos une, ou o que nos separa
A sorte é nula, a saudade rara
E neste caso, a distância pagou-se cara
Olhar pra trás, e ver que o tempo passou
Entre o passado e o presente, porque é que tudo mudou?
No fundo acreditava nos planos traçados
Num futuro com duas casas e dois filhos criados
Só que não! Não se realizou
Tu não és o que eras dantes, e o sonho voou
Dizeres que tudo mudou, e está algo diferente
Nada mudou à nossa volta, só mudamos a gente
É difícil entender, tens que dar a cara
Será mais forte o que nos une, ou o que nos separa
A sorte é nula, a saudade rara
E neste caso, a distância pagou-se cara
Não, eu assim não aguento
Serão dezenas de metros mais fortes que o sentimento
Foi um leque de emoções arruinadas
Por conjuntos de ip’s e auto-estradas
Ficamos amigos, sem contacto directo
Amizade pós namoro é um adeus mais discreto
Mas não desisto e parto pra disputa
porque a vitória sorri aos filhos da luta
acreditei, confiei, fiz tudo certo mas no fundo sei que errei
hoje em dia ainda penso voltar a estar contigo
se o futuro não nos traísse, como é que teria sido?
É difícil entender, tens que dar a cara
Será mais forte o que nos une, ou o que nos separa
A sorte é nula, a saudade rara
E neste caso, a distância pagou-se cara´
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