sábado, 17 de maio de 2014

Dulce Pontes - Canção do Mar





Dulce José Silva Pontes - nascida no Montijo, a 8 de Abril de 1969 - é uma das cantoras portuguesas mais populares e reconhecidas internacionalmente. Canta canções pop, música tradicional portuguesa (fado e folclore incluído), bem como música clássica.

Costuma definir-se como uma artista da world music. É compositora, poeta, arranjadora e produtora. A sua actividade artística contribuiu para o renascimento do fado nos anos noventa do século passado. Dulce distingue-se principalmente pela sua voz, que é versátil, dramática e com uma capacidade invulgar de transmitir emoções. É uma soprano dramática com uma voz potente, versátil e penetrante. É considerada uma das melhores artistas dentro do panorama musical Mundial.
Já actuou em palcos como o Carnegie Hall e ao lado de nomes como Ennio Morricone, Andrea Bocelli e José Carreras.

Dulce, quando criança, aprendeu a tocar piano, estudando música no Conservatório de Lisboa. Estudou Dança Contemporânea entre os 7 e os 17 anos de idade. Em 1988, no decorrer de um Casting onde foi seleccionada entre várias candidatas, inicia a sua actividade profissional na Comédia Musical "Enfim sós" prosseguindo com "Quem tramou o Comendador", no Teatro Maria Matos, como actriz, cantora e bailarina. 

Em 1990 é convidada a integrar o espectáculo "Licença para jogar" no Casino Estoril. Torna-se popular junto do público português através do programa de televisão "Regresso ao passado". Em 1991, vence o Festival RTP da Canção tendo ido representar Portugal no Festival Eurovisão da Canção, onde cantou "Lusitana Paixão". Alcança o oitavo lugar entre 22 países participantes, uma das melhores prestações de Portugal no Eurofestival.

Em 1992, Dulce gravou o seu primeiro álbum, chamado "Lusitana". Continha principalmente canções pop, que certamente eram ainda muito abaixo das ambições, capacidades e imaginação artística da Dulce.

Todavia, já naquela altura se sabia que Dulce era uma excelente intérprete,fadista e compositora. As primeiras provas disso apareceram um ano depois, em 1993, quando foi lançado o seu segundo disco, chamado "Lágrimas". Dulce abordou o fado duma forma muito pouco ortodoxa. Misturava fado tradicional com ritmos e instrumentos modernos, procurando novas formas de expressão musical. Enriquecia os ritmos ibéricos com sons e motivos inspirados pela tradição da música árabe e balcânica, principalmente búlgara. A sua versão do clássico "Povo Que Lavas No Rio" era tudo menos clássica. Mas "Lágrimas" tinha também faixas bastante tradicionais, fados clássicos gravados ao vivo em estúdio e cantados em rigor com todas as exigências do fado ortodoxo, abordando de igual forma inovadora o cancioneiro de José Afonso e o Folclore Português.

Foram estes os temas ("Lágrima" e "Estranha Forma de Vida") que lhe ganharam a denominação de "sucessora e herdeira da Amália Rodrigues". Mas o maior êxito de "Lágrimas" foi um outro clássico, "A Canção do Mar", que, no Brasil, foi usado como tema de abertura de uma adaptação do romance "As Pupilas do Senhor Reitor", de Júlio Dinis, em telenovela. Interpretado por Dulce, este tema tornou-se um dos maiores êxitos da canção portuguesa de sempre (paradoxalmente nesta versão da "Canção do Mar" ouvem-se muito bem influências árabes), sendo provavelmente a canção portuguesa mais conhecida fora de Portugal, interpretada até hoje pelo mundo fora por vários artistas (mais recentemente por Sarah Brightman, que fez da "Canção do Mar" o principal tema musical do seu disco intitulado "Harem"). 

"A Canção do Mar" interpretada por Dulce faz também parte da banda sonora do filme americano "A Raiz do Medo" (título inglês - "Primal Fear"), no qual Richard Gere contracena com Edward Norton, além de ser tema principal do seriado norte americano "Southland", do canal NBC.

Em 1995, Dulce lançou o álbum "Brisa do Coração", um álbum gravado ao vivo durante um concerto que teve lugar no Porto, a 6 de Maio de 1995. O disco seguinte, "Caminhos", foi lançado em 1996. "Caminhos" continha temas clássicos como "Fado Português", "Gaivota" e "Mãe Preta", interpretados com grande proeza, bem como composições originais. A crítica considerou o disco mais maduro e melhor que "Lágrimas". Os arranjos eram mais harmoniosos e menos radicais. Este disco consolidou a posição de Dulce Pontes como uma grande fadista, mas também deu bem a entender que nunca iria ser apenas uma fadista. Dulce é uma artista versátil, heterogénea, que não hesita em ultrapassar as fronteiras de vários géneros musicais.

O disco "O Primeiro Canto" foi lançado em 1999. A crítica considerou-o o melhor, e também o mais ambicioso e difícil na carreira da Dulce. Neste disco, Dulce confirma que está seriamente interessada em ser uma artista da world music. Em "O Primeiro Canto", Dulce introduz elementos do jazz (o álbum contou com a colaboração de Maria João) e opta pela sonoridade acústica. Dá nova vida a antigas tradições musicais da Península Ibérica (canta não só em português, mas também em galego e mirandês), redescobre melodias e instrumentos há muito esquecidos, assinando como compositora, letrista e produtora. De destacar a participação de Wayne Shorter, Trilok Gurtu, Kepa Junquera, Leonardo Amuedo, Carlos Branco Fadol e Jaques Morelenbaum.

Foi lançada uma edição especial deste disco com três faixas adicionais: uma versão em espanhol de "Pátio dos Amores", o célebre tango do inesquecível Astor Piazzolla "Balada para un Loco" e mais uma música composta por Dulce, "A minha barquinha".

Em 2002 foi lançado o disco "Best of".

2003 trouxe uma grande novidade e reviravolta na vida artística da Dulce Pontes. Foi lançado o album "Focus", que é fruto da colaboração da Dulce com o ultra conhecido Maestro Ennio Morricone. Dulce cantou alguns dos clássicos do compositor, mas o disco contém também composições originais, compostas pelo Maestro especialmente para a voz da Dulce. O principal objectivo deste disco foi consagrar uma grande voz. Gravado em Itália e destinado tanto ao público português como internacional, o album "Focus" contém temas cantados em português, inglês, espanhol e italiano.

O disco "O Coração Tem Três Portas" foi editado em 2006 e foi lançado no dia 25 de Novembro de 2006, na inauguração oficial do Coliseu de Elvas perante cerca de 5 mil pessoas. Este ano marca também a criação de Ondeia Música, editora da própria Dulce. Produzido na íntegra por Dulce é composto por 2 CD´s e um DVD. 145 minutos de música onde a Verdade, o Amor e o Sonho dão as mãos ao que Dulce considera ser o âmago da música Portuguesa: O Fado, o Folclore/Música Popular Portuguesa e a Música de inspiração medieval Galaico-Portuguesa versus Fado de Coimbra. Totalmente acústico, foi gravado ao vivo por 5 Continentes, na Igreja de Santa Maria em Óbidos e no Convento de Cristo em Tomar. O DVD inclui um concerto gravado em Istambul e o making of das gravações efectuadas nos monumentos.

Dulce Pontes em parceria com José Carreras, protagonizou a abertura oficial da eleição das "Novas 7 Maravilhas do Mundo", realizado em Portugal, com o tema "One World" (Todos somos um) de sua autoria, para a maior emissão televisiva da história.

Dulce anunciou em seu Facebook oficial uma série de concertos pela Europa Canadá e USA durante o Verão de 2013. No Outono de 2013, está prevista uma Edição especial DVD-CD "Dulce Pontes e Roma Sinfonietta", gravado ao vivo no Auditorium Parco de la Musica em Roma, Direcção de Orquesra Maestro Paolo Silvestri.

Ao longo da sua carreira, Dulce Pontes colaborou com vários artistas internacionais, como Cesária Évora, Caetano Veloso, Marisa Monte, Carlos Núñez, a banda celta The Chieftains, Cesária Èvora, George Delaras e o artista basco Kepa Junkera. Compôs o dueto para Eleftheria Arvanitaki (o fruto desta colaboração encontra-se no disco de Eleftheria intitulado Ekpompi). O dueto com o artista angolano Waldemar Bastos constitui um dos grandes momentos do álbum "O Primeiro Canto" 
.
Dulce comemorou 20 anos de carreira em 2008. Tem levado a cultura Portuguesa através da sua sensibilidade aos 4 cantos do Mundo. Carnegie Hall em NY (2007), Royal Albert Hall com Ennio Morricone são apenas dois exemplos da sua popularidade. Recentemente, em Sófia, foi a primeira artista portuguesa a actuar na Bulgária.

Dulce foi mãe, pela primeira vez, a 23 de Janeiro de 2002, data em que nasceu José Gabriel, interrompendo a sua actividade artística pelo período de um ano. Maria José, segunda filha, nasceu a 24 de Janeiro de 2009.




Nota: o presente post recolheu informação da Wikipedia, Youtube e Letras.mus.br





Dulce Pontes

Canção Do Mar


Fui bailar no meu batel
Além do mar cruel
E o mar bramindo
Diz que eu fui roubar
A luz sem par
Do teu olhar tão lindo

Vem saber se o mar terá razão
Vem cá ver bailar meu coração

Se eu bailar no meu batel
Não vou ao mar cruel
E nem lhe digo aonde eu fui cantar
Sorrir, bailar, viver, sonhar contigo

Vem saber se o mar terá razão
Vem cá ver bailar meu coração

Se eu bailar no meu batel
Não vou ao mar cruel
E nem lhe digo aonde eu fui cantar
Sorrir, bailar, viver, sonhar contigo



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