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Carlos Manuel Moutinho Paiva dos Santos, conhecido por Camané,, é um popular fadista português, irmão mais velho dos também fadistas Hélder Moutinho e Pedro Moutinho. Nasceu em Oeiras, a 21 de Dezembro de 1967.
Em 1977, participa na Grande Noite do Fado, mas não venceu. Em 1979, regressa à Grande Noite do Fado - numa época em que não havia competição em separado para os mais novos - e ganha. Essa vitória possibilitou-lhe a gravação de um álbum produzido por António Chainho e de mais alguns discos nesta fase.
Com 20 anos, quando estava a cumprir o serviço militar, gravou o single "Ai Que Saudades" para a editora MBP.
Depois de uma interrupção de alguns anos, regressou às lides do fado, passando a actuar em diversas casas de fado. Participou também em algumas produções de Filipe La Féria - "Grande Noite"; "Maldita Cocaína"; "Cabaret" - onde se evidência.
Em 1995, grava o disco "Uma Noite de Fados", que contou com a colaboração de José Mário Branco. O álbum "Na Linha da Vida" foi editado em 1998.
"Esta Coisa da Alma" é o disco de 2000. Ganha o Prémio Blitz, o Prémio Bordalo Pinheiro e os Globos de Ouro.
"Pelo Dia Dentro" é lançado em 2001. Grava ao vivo o disco "Como sempre… Como dantes" que foi editado em 2003.
A partir de 2004, esteve envolvido no projecto "Humanos" - ao lado de Manuela Azevedo e David Fonseca, bem como dos músicos Nuno Rafael, João Cardoso e Hélder Gonçalves - do qual resultaram os álbuns "Humanos" e "Humanos ao Vivo",este também na versão em DVD.
Em 2006 é lançado o DVD "Ao vivo no São Luíz".
O álbum "Sempre de Mim", editado em 2008, marca o regresso aos discos de estúdio.
Em 2010 lança o Álbum "Do Amor e dos Dias". Este álbum acrescenta à sua carreira o comentário a um poema de Alexandre O'Neil, "O amor é o amor". O fado principal deste álbum é "A guerra das Rosas" inspirado no filme com o mesmo nome.
Em 2011 actuou na Brooklyn Academy of Music de Nova Iorque, num concerto elogiado pelo New York Times .
Em 2013 é editada uma colectânea com alguns temas inéditos.
Gravou "Sopram Ventos Adversos" e "Circo de Feras" com os Xutos & Pontapés e "Fotos do Fogo" com Sérgio Godinho.
É bisneto de José Júlio Da Silva Paiva, fadista e autor de diversos fados do início do século XX.
Dead Combo é uma banda portuguesa cujas principais influências musicais são o Fado, o Rock, as bandas sonoras dos Westerns, bem como música da América do Sul e de África.
A banda é constituída por dois membros apenas: Tó Trips (guitarras) e Pedro V. Gonçalves (contrabaixo, kazoo, melódica e guitarras).
Os membros conheceram-se em 2001, quando no final de um concerto, Tó pediu boleia a Pedro sem saber que este não tinha carro. Foram então ambos a pé até ao Bairro Alto e, no meio da conversa, surgiu a ideia de gravarem um álbum em tributo ao génio da guitarra portuguesa, Carlos Paredes.
A pouco e pouco foram surgindo os Dead Combo, sendo 2002 referido pela banda como o ano definitivo da sua formação. Em 2004 viriam a lançar o seu álbum de estreia, cuja sonoridade inovadora foi recebida com entusiasmo pela crítica portuguesa.
Em 2005, Charlie Gillet fez uma selecção dos "Melhores de 2005". Nessa lista constam os Dead Combo com o seu álbum de estreia Vol.1.
Em 2006 lançam Vol. 2 - Quando A Alma Não É Pequena e em 2007 Guitars From Nothing.
Os Dead Combo compuseram a banda sonora original para o filme "Slightly Smaller Than Indiana" de Daniel Blaufuks.
Com Lusitânia Playboys, em 2008 chegam definitivamente ao reconhecimento do público. Em 2011, Lisboa Mulata marca uma nova abordagem dos Dead Combo, pois é um álbum bastante mais ecléctico, apelando ao ritmo e influências de África.
Em 2012, abrem-se novas portas aos Dead Combo. Dão um grande concerto na Aula Magna. Aparecem no programa culinário de Anthony Bourdain sobre Lisboa e, consequentemente, entram no top 10 do iTunes americano. São convidados a actuar na estreia de Cannes do filme "Cosmopolis", realizado por David Cronenberg e produzido por Paulo Branco.
O tema que trazemos a este post, "Inquiertação", da autoria de José Mário Branco - para além da originalidade de juntar Camané com os Dead Combo - traz-nos também um belíssimo videocliop que ilustra, de forma magnífica, o tema.
Nota: o presente post recolheu informação da Wikipedia, Youtube e Letras.mus.br
Camané & Dead Combo
Inquietação
A contas com o bem que tu me fazes
A contas com o mal por que passei
Com tantas guerras que travei
Já não sei fazer as pazes
São flores aos milhões entre ruínas
Meu peito feito campo de batalha
Cada alvorada que me ensinas
Oiro em pó que o vento espalha
Cá dentro inquietação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Ensinas-me fazer tantas perguntas
Na volta das respostas que eu trazia
Quantas promessas eu faria
Se as cumprisse todas juntas
Não largues esta mão no torvelinho
Pois falta sempre pouco para chegar
Eu não meti o barco ao mar
Pra ficar pelo caminho
Cá dentro inquietação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Cá dentro inquietação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Mas sei
É que não sei ainda
Há sempre qualquer coisa que eu tenho que fazer
Qualquer coisa que eu devia resolver
Porquê, não sei
Mas sei
Que essa coisa é que é linda
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