Bruce Frederick Joseph Springsteen - nascido em Long Branch, a 23 de Setembro de 1949 - é um influente cantor, compositor, violonista e guitarrista norte-americano. Ao longo da sua carreira, iniciada em 1969, Bruce já recebeu vários prémios importantes, entre os quais vinte Grammys, quatro American Music Awards e um Óscar.
Nas suas letras, Bruce sempre deixou evidenciado o seu patriotismo, tendo-se mesmo tornado numa espécie de "porta-voz dos trabalhadores", muitas vezes mencionados nas suas canções. O álbum "Born to Run" está na lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame.
Bruce também participou da música "We Are the World", uma parceria de 45 cantores que tinha o objectivo de arrecadar fundos para o combate à fome em África, canção escrita por Michael Jackson e Lionel Richie. Para isso, juntaram-se 45 estrelas que formaram o grupo USA for Africa.
Bruce já vendeu mais de 120 milhões de discos.
Bruce passou a sua infância e juventude em Freehold Borough (Nova Jersey). O seu pai, Douglas, era de origem holandesa e irlandesa, e, entre outros empregos, trabalhou como motorista de autocarros. A sua mãe, Adele Ann, tinha ascendência italiana e trabalhava como secretária.
Aos 13 anos, Bruce recebeu uma prenda especial da sua mãe: a sua primeira guitarra. Quando fez 16 anos, a sua mãe, que sempre apostou na sua carreira, ofereceu-lhe outra guitarra - esta da marca Kent - com a qual compôs a canção "The Wish".
Em 1965, Bruce começou a frequentar a casa de Tex e Marion Vinyard, que auxiliavam jovens músicos da cidade. Foi este casal quem o ajudou a integrar-se na banda The Castiles, primeiro como guitarrista, depois também como vocalista. Os The Castiles gravaram duas músicas originais e actuaram em diversos bares e cafés. Marion Vinyard disse, mais tarde, que acreditou no jovem Springsteen quando ele "prometeu que seria famoso".
No final dos anos 60, Bruce entrou num trio chamado "Earth", que fez vários shows em clubes nos arredores de Nova Jérsey. Durante esse período, ganhou o apelido de The Boss ("O Chefe"). Entre 1969 e 1971, Bruce tocou numa banda chamada Steel Mill, com Danny Federici, Vini Lopez, Vinnie Roslin e posteriormente Steven Van Zandt e Robbin Thompson. A partir de 1971, tocou em diversas bandas, sempre em lugares pequenos como bares, clubes e escolas: Dr Zoom & the Sonic Boom (1971), Sundance Blues Band (1971), e The Bruce Springsteen Band (1971-1972).
Em 1972, Springsteen assinou um contrato com a Columbia Records, através de John Hammond, que dez anos antes intermediara o primeiro contrato entre Bob Dylan e a editora. Bruce convidou, então, diversos colegas músicos de Nova Jérsey para formar a banda E Street Band.. O seu primeiro álbum, "Greetings from Asbury Park, N.J"., lançado em Janeiro de 1973, teve uma boa recepção da crítica, ainda que não tenha vendido bem na época.
Em Setembro de 1973, "The Wild, the Innocent & the E Street Shuffle", segundo álbum de Bruce, foi lançado, recebendo o mesmo aval por parte da crítica, mas mantendo o pouco "apelo comercial" do trabalho anterior. Esse álbum demonstra uma musicalidade mais R&B, no que diferia do primeiro álbum, que tendia mais para o folk (influência de Bob Dylan). A canção "Rosalita (Come Out Tonight)" continua a ser uma das favoritas dos fãs, bastante presente nos concertos de Bruce até hoje.
No dia 22 de Maio de 1974, o jornalista Jon Landau escreveu um artigo sobre um show de Bruce em Boston para a revista The Real Paper em que dizia o seguinte: "Eu vi o futuro do rock n' roll e seu nome é Bruce Springsteen. Numa noite em que precisava de me sentir jovem, ele fez-me sentir como se escutasse música pela primeira vez." Landau, posteriormente, tornou-se seu empresário e produtor, ajudando-o a finalizar o álbum "Born to Run".
O álbum "Born to Run", lançado no dia 25 de Agosto de 1975, alcançou, finalmente, o sucesso comercial tanto almejado por Springsteen. O disco ficou em 3° lugar nos Estados Unidos e, embora não tenha nenhuma música considerada hit, "Born to Run", "Thunder Road", "Tenth Avenue Freeze-Out", e "Jungleland" são presenças obrigatórias nos concertos de Bruce até hoje e são constantemente tocadas em rádios de rock mundo fora. A gravação desse álbum foi um período tumultuoso, pois demorou 14 meses para ser gravado, sendo 6 meses dedicados apenas à canção "Born to Run", factor que causou grande frustração e tristeza em Bruce.
Após o lançamento de "Born to Run", Bruce envolveu-se num processo judicial contra Mike Appel, que produziu os seus dois primeiros álbuns e co-produziu, ao lado de Jon Landau, o terceiro. O processo, que acabou por meio de um acordo entre ambas as partes, estendeu-se por aproximadamente um ano, período no qual Bruce aproveitou para fazer outra extensa tournée pela América do Norte.
Em Junho de 1978, saiu o quarto álbum de estúdio de Bruce Springsteen, intitulado "Darkness on the Edge of Town", que alcançou o 5° lugar nos Estados Unidos, tendo já vendeu mais de 3 milhões de cópias.
No final dos anos 70, Springsteen começou a compor músicas para outros músicos/bandas. No começo de 1977, a banda Manfred Mann's Earth Band alcançou o 1° lugar dos tops norte-americanos de músicas pop com o cover de "Blinded by the Light", presente no álbum "Greetings from Asbury Park, N.J." Em 1978, Patti Smith alcançou o 13° lugar nos Estados Unidos com a música "Because the Night", e em 1979, The Pointer Sisters" colocaram "Fire", no 2° lugar dos Estados Unidos.
Em Setembro de 1979, Bruce e a E Street Band juntaram-se a vários artistas, como James Taylor, Carly Simon e Chaka Khan, para duas apresentações no Madison Square Garden, em protesto contra o uso da energia nuclear. As actuações foram lançadas como álbum ao vivo e documentário, intitulado "No Nukes", que marcaram o primeiro lançamento oficial de material gravado ao vivo da carreira de Bruce.
O álbum seguinte de Bruce, "The River", consolidou o estilo das suas canções focadas na classe operária. As canções desse álbum apresentam um paradoxo intencional entre canções alegres, mais voltadas para o pop-rock, e baladas emocionalmente intensas. Essa mudança de sonoridade antecipou o estilo escolhido durante os anos 80, mantendo Bruce nos tops de sucesso. Com esse trabalho, Bruce conseguiu colocar o seu primeiro single no Top 10, a canção "Hungry Heart". O álbum vendeu muito bem, e sua tournée de promoção contou com a primeira longa digressão pela Europa e terminou após uma série de actuações nas principais salas norte-americanas.
"The River" foi sucedido pelo disco "Nebraska", lançado em 1982. As gravações desse álbum, que conta com várias músicas em formato acústico, serviram apenas para reparar alguns poucos erros nos demos, gravados na casa de Bruce com um simples e antiquado gravador.
Canções compostas durante esse período de gravações e que não foram inclusas no álbum, como "Glory Days" e "Born in the U.S.A.", foram lançadas no seguinte álbum seguinte. Segundo o jornalista Dave Marsh, Bruce estava com uma depressão quando escreveu o material para o álbum, causada pela decepção com a brutal queda do padrão de vida norte-americano. Apesar desse álbum não ter vendido tanto quanto seus dois antecessores, recebeu excelentes críticas, recebendo o título de "Álbum do Ano", concedido pela revista Rolling Stone, e influenciando outros artistas, como o U2.
O disco "Born in the U.S.A." foi lançado em 1984 e vendeu 15 milhões de unidades só nos Estados Unidos. Tornou-se um dos álbuns mais bem sucedidos de todos os tempos, colocacando sete singles no Top 10 norte-americano. O título refere-se ao tratamento recebido pelos veteranos da Guerra do Vietname, alguns dos quais amigos e colegas de banda de Bruce. Os videoclips das canções do álbum foram feitos por prestigiados realizadores como Brian De Palma e John Sayles. As letras das músicas são muito directas, mas várias pessoas não entenderam a da faixa-título, que foi acusada de nacionalista apesar de conter críticas à posição do país na Guerra do Vietname.
Alguns anos depois, para acabar com qualquer mal entendido e reforçar o sentido original da canção, Bruce passou a tocar "Born in the U.S.A." apenas com o acompanhamento do violão (essa versão aparece no álbum Tracks).
"
Dancing in the Dark" - que ilustra este post - foi o single de maior destaque do álbum, alcançando o 2° lugar nos Estados Unidos. No clip dessa música, realizado por Brian de Palma, a jovem actriz Courtney Cox aparece dançando com Bruce. Curiosamente, essa participação veio a projectar a sua carreira.
Nota: o presente post recolheu informação da Wikipedia, Youtube e Letras.mus.br
Bruce Springsteen
Dancing In The Dark
I get up in the evening
And I ain´t got nothing to say
I come home in the morning
I go to bed feeling the same way
I ain´t nothing but tired
Man I´m just tired and bored with myself
Hey there baby i could use just a little help
You can´t start a fire
You can´t start a fire without a spark
This gun´s for hire
Even if we´re just dancing in the dark
Message keeps getting clearer
Radio´s on and i´m moving ´round the place
I check my look in the mirror
I wanna change my clothes, my hair, my face
Man I ain´t getting nowhere just living
In a dump like this
There´s something happening somewhere
Baby i just know that there is
You can´t start a fire
You can´t start a fire without a spark
This gun´s for hire
Even if we´re just dancing in the dark
You sit around getting older
There´s a joke here somewhere and it´s on me
I´ll shake this world off my shoulders
Come on baby the laugh´s on me
Stay on the streets of this town
And they´ll be carving you up all right
They say you gotta stay hungry
Hey baby I´m just about starving tonight
I´m dying for some action
I´m sick of sitting around here trying to write
This book
I need a love reaction
Come on now baby gimme just one look
You can´t start a fire sitting ´round crying
Over a broken heart
This gun´s for hire
Even if we´re just dancing in the dark
You can´t start a fire worrying about
Your little world falling apart
This gun´s for hire
Even if we´re just dancing in the dark
Even if we´re just dancing in the dark...
