Maria João - nascida em Lisboa, a 27 de Junho de 1956, de nome completo Maria João Monteiro Grancha, é uma cantora portuguesa de jazz.
Biografia
Maria João dedicou-se ao desporto durante vários anos - chegou a ser cinturão negro de Aikido - só bastante tarde descobriu a sua queda para a música.
A música surgiu na sua vida depois de ter sido aconselhada a ter aulas no Hot Clube de Portugal. Foi aprovada numa audição e começou ali mesmo a estudar música.
Com colegas da escola fundou a sua própria banda de jazz, o Quinteto de Jazz de Maria João, e começou a apresentar-se em casas nocturnas de Lisboa.
Colaborou, em 1991, com o grupo Cal Viva, de Carlos Bica e José Peixoto.
Com Mário Laginha, em 1994, formou um duo. Desta parceria, podem-se destacar os álbuns "Cor" (1998) - o qual evoca os 500 anos dos descobrimentos portugueses — e "Lobos, Raposas e Coiotes" (1999), no qual gravou duas famosas canções brasileiras, "Beatriz" e "Asa Branca".
O álbum "Chorinho Feliz", (2000), lançado em comemoração aos 500 anos da presença portuguesa no Brasil, conta com a participação de músicos como Gilberto Gil e Lenine e outros músicos como Helge A. Norbakken, Toninho Ferragutti e Nico Assumpção.
Em 2001, foi lançado o disco do projecto Mumadji, quarteto formado por Maria João, Mário Laginha, Helge Norbakken e Toninho Ferragutti.
Em 2003, foi lançado o álbum "Undercovers" com releituras de grandes sucessos da música universal - incluindo "O Quereres", de Caetano Veloso. Em 2003, foi a directora da academia do programa "Operação Triunfo", na RTP.
2004 foi o ano do disco "Tralha", com temas originais de Mário Laginha
.
Em 2007 lançou a solo o disco "João", e voltou a colaborar na 3ª edição do programa Operação Triunfo.
Desde 2009 que participa no projecto OGRE (com Júlio Resende, Joel Silva, João Farinha e André Nascimento), uma banda que mistura novos sons de Jazz com música electrónica.
Também desde 2010, que mantém uma colaboração com o cantor de jazz belga David Linx.
Discografia
Quinteto Maria João (1983) Quinteto Maria João
Cem Caminhos (1985) Quinteto Maria João
Conversa (1986)
Looking For Love (1988) Maria João e Aki Takase
Alice (1990) Maria João, Aki Takase e Niels Henning Orsted-Pedersen
Sol (1991) Maria João e Cal Viva (José Peixoto, Carlos Bica, José Salgueiro, Mário Laginha e Ermenio de Melo)
Danças (1994) Maria João e Mário Laginha
Fábula (1996) Maria João e Mário Laginha Ralph Towner, Dino Saluzzi
Cor (1998) Maria João e Mário Laginha, Trilok Gurtu e Wolfang Muthspiel
Lobos Raposas e Coiotes (1999) Maria João e Mário Laginha com a Orquestra Filarmónica de Hannover
Chorinho Feliz (2000) Maria João e Mário Laginha
Mumadji Ao Vivo (2001) Mumadji
Undercovers (2002) Maria João e Mário Laginha
João (2007) Maria João
Chocolate (2008) - Maria João e Mário Laginha
Follow The Songlines (2010) Maria João e David Linx com Mário Laginha e Diederik Wissels
Amoras e Framboesas (2011) Maria João e Orquestra de Jazz de Matosinhos
A Different Porgy & Another Bess (2012) - com David Linx & Brussels Jazz Orchestra
Electrodoméstico (2012) com o projecto OGRE
Iridescente (2012) Maria João e Mário Laginha
Colectâneas[editar | editar código-fonte]
Pensa Nisto! (1996) - Fidjo Magoado
Etnocity/Underground Sound Of Lisbon (2000) - Saris e Capolanas (remix) (MJML)
Movimentos Perpétuos (2003)- Mãos Na Parede (MJML)
Colaborações[editar | editar código-fonte]
Abbacadabra - (1984)
Júlio Pereira - (1990)
Júlio Pereira - Tarde Quente(1994)
António Pinho Vargas Maria João e José Nogueira [A Luz e a Escuridão] (1995)
Laurent Filipe (1995)
Bom dia Benjamim - (1995)
Carlos Bica/Azul (1996)
Cantigas de Amigos - São Macaio/A Garrafa...(1998)
Clã - Pois É (1998)
Dulce Pontes - Modinha das Saias (1999)
Bana - (1999)
Joe Zawinul - "Faces & Places" (2002)
Carinhoso - Ingénuo (2002)
Simentera - Lua Cheia (2003)
Pirilampo Mágico (com Mariza e Teresa Salgueiro)- Faz a Magia Voar (2003)
DEP - Quem? (2004)
Danças Ocultas - (2004)
Saxofour - [](2004)
Blasted Mechanism - Avatara (faixa "Power On/Pink Hurricane") (2005)
Saxofour - [Cinco] (2005)
José Peixoto - [Pele] (2006)
Clã - Lua Partida Ao Meio (2006)
Vera e os Seus Amigos - Papagaio Fofoca (2008)
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Mário João Laginha dos Santos - nascido em Lisboa, a 25 de Abril de 1960 - é um pianista e compositor português da área do jazz.
Biografia
Aprendeu piano e guitarra na infância. A ideia de seguir a carreira de pianista tomou forma quando ouviu Keith Jarrett. Estudou piano na escola de jazz "Louisiana", em Cascais, dirigida por Luís Villas Boas, e depois na Academia de Amadores de Música e no Conservatório, onde teve como professores Carla Seixas e Jorge Moyano.
Tocou primeiro em hotéis e como acompanhante de outros músicos; o primeiro trabalho profissional aconteceu no teatro, na peça Baal, de Brecht, no Teatro da Trindade. Mas a entrada a sério no mundo do jazz deu-se ao integrar o quinteto da cantora Maria João, com o qual gravou dois discos nos anos 1980: "Quinteto Maria João" (1983) e "Cem Caminhos" (1985), com standards e alguns originais.
Ao mesmo tempo que tocava com Maria João, Mário Laginha criou o Sexteto de Jazz de Lisboa, com Carlos Martins, Tomás Pimentel, Edgar Caramelo e os irmãos Pedro e Mário Barreiros, com os quais gravou o LP "Ao Encontro", de 1988. Com os irmãos Barreiros tocou também em trio.
Mário Laginha foi investindo cada vez mais nas suas próprias composições, afastando-se da interpretação do jazz clássico e dos standards. Em 1987, com o apoio da Fundação Gulbenkian, estreou o Decateto de Mário Laginha durante o festival Jazz em Agosto; as composições e arranjos eram totalmente seus. Nesse mesmo ano, foi considerado pela crítica o melhor músico de Jazz português.
Ao longo dos anos, trabalhou em parceria com outros grandes nomes da música portuguesa: Pedro Burmester (o concerto de Dezembro de 1993, no Centro Cultural de Belém, deu origem ao disco "Duetos"), Carlos Bica, José Peixoto e José Salgueiro (na altura, 1991, conhecidos pelo nome de grupo Cal Viva), João Paulo Esteves da Silva (em 1993 criaram o grupo Almas & Danças).
Em 1994, lançou o primeiro disco assinado com o seu nome, "Hoje". No mesmo ano saiu "Danças", onde voltou a colaborar com Maria João, num duo e amizade pessoal que persistem até hoje. Os dois gravaram vários discos e colaboraram em espectáculos de teatro, cinema e outras artes.
Em 1993 Mário Laginha compôs a música original da banda sonora do filme "Passagem por Lisboa" do cineasta Eduardo Geada.
Em 1999, Mário Laginha iniciou uma colaboração de grande êxito com Bernardo Sassetti. Desde então, deram vários concertos e lançaram dois álbuns: "Mário Laginha e Bernardo Sassetti" (2003), e "Grândolas" (2004), disco integrado na comemoração dos 30 anos do 25 de Abril.
Em 2005, gravou o seu primeiro disco a solo, "Canções e Fugas".
Em 2007, actuou ao vivo com Pedro Burmester e Bernardo Sassetti, no CCB (Lisboa), concerto esse que foi editado em DVD com o título "3 Pianos". O repertório inclui temas de música clássica, música erudita moderna e temas dos próprios pianistas
.
Em 2008, tocou com Bernardo Sassetti e Camané no espectáculo "Vadios", no CCB, num espectáculo que juntou o jazz e o fado.
Discografia
André Mehmari e Mário Laginha ao Vivo no Auditório Ibirapuera (2013)
Mongrel (2010)
Chocolate (2008)
3 Pianos (DVD - 2007)
Espaço (2007)
Perfil (2006)
Canções e Fugas (2006)
Tralha (2004)
Grândolas - Seis Canções e Dois Pianos nos Trinta Anos de Abril (2004)
Piano a 4 mãos - Mário Laginha e Bernardo Sassetti (2003)
Undercovers (2002)
Mumadji (2001)
Chorinho Feliz (2002)
Lobos, Raposas e Coiotes (1999)
Cor (1998)
Fábula (1996)
Danças (1994)
Sol (Cal Viva) (1992)
Duetos (com Pedro Burmester) (1993)
Hoje (1994)
Cem Caminhos (1985)
Quinteto Maria João (1983)
Ao Encontro (Sexteto de Jazz de Lisboa)
Nota: o presente post recolheu informação da Wikipedia, Youtube e Letras.mus.br
Maria Joao & Mario Laginha
Beatriz
Olha
Será que ela é moça
Será que ela é triste
Será que é o contrário
Será que é pintura
O rosto da actriz
Se ela dança no sétimo céu
Se ela acredita que é outro país
E se ela só decora o seu papel
E se eu pudesse entrar na sua vida
Olha
Será que ela é de louça
Será que é de éter
Será que é loucura
Será que é cenário
A casa da actriz
Se ela mora num arranha-céu
E se as paredes são feitas de giz
E se ela chora num quarto de hotel
E se eu pudesse entrar na sua vida
Sim, me leva pra sempre, Beatriz
Me ensina a não andar com os pés no chão
Para sempre é sempre por um triz
Aí, diz quantos desastres tem na minha mão
Diz se é perigoso a gente ser feliz
Olha
Será que é uma estrela
Será que é mentira
Será que é comédia
Será que é divina
A vida da actriz
Se ela um dia despencar do céu
E se os pagantes exigirem bis
E se o arcanjo passar o chapéu
E se eu pudesse entrar na sua vida
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