domingo, 8 de fevereiro de 2015

Toranja - Carta





Os Toranja são uma banda composta por Tiago Bettencourt, Ricardo Frutuoso ,Dodi e Rato. A origem do grupo remonta a um encontro dos seus membros num concursos de "melhores novas bandas", do festival Super Bock Super Rock.

2003 é um dos anos mais importantes para esta banda, visto que foi nele que os Toranja lançaram o seu primeiro álbum “Esquissos”, neste álbum destacam-se os temas “Carta” e “Fogo e Noite", que ainda hoje são cantados pelos portugueses. 2004 fica marcado por um ano de celebrações, visto que foi nesse ano que os Toranja realizaram dois concertos especiais, um no Porto e outro em Lisboa, com a participação de Manel Cruz, Camané, Pacman e Pedro Abrunhosa.

Um ano depois, os Toranja não perderam tempo e lançaram o seu segundo álbum cujo nome é precisamente “Segundo”, deste podemos destacar o single “Laços”.

2006 é o ano mais triste para os fãs dos Toranja, uma vez que a banda anunciou que ia parar por tempo indeterminado, mas prometeram voltar. Até hoje, os fãs continuam a aguardar ansiosamente este regresso. Enquanto isso, os seus elementos têm-s dedicado a outros projectos, ou a carreiras a solo, como Tiago Bettencourt.


Nota: o presente post recolheu informação da Wikipedia, Facebook, Youtube e Letras.mus.br





Toranja

Carta


Não falei contigo
Com medo que os montes e vales que me achas
Caíssem a teus pés...
Acredito e entendo
Que a estabilidade lógica
De quem não quer explodir
Faça bem ao escudo que és...

Saudade é o ar
Que vou sugando e aceitando
Como fruto de Verão
Nos jardins do teu beijo...
Mas sinto que sabes que sentes também
Que num dia maior serás trapézio sem rede
A pairar sobre o mundo
Em tudo o que vejo...

É que hoje acordei e lembrei-me
Que sou mago feiticeiro
Que a minha bola de cristal é folha de papel
Nela te pinto nua, nua
Numa chama minha e tua.

Desconfio que ainda não reparaste
Que o teu destino foi inventado
Por gira-discos estragados
Aos quais te vais moldando...
E todo o teu planeamento estratégico
De sincronização do coração
São leis como paredes e tectos
Cujos vidros vais pisando...

Anseio o dia em que acordares
Por cima de todos os teus números
Raízes quadradas de somas subtraídas
Sempre com a mesma solução...
Podias deixar de fazer da vida
Um ciclo vicioso
Harmonioso ao teu gesto mimado
E à palma da tua mão...

É que hoje acordei e lembrei-me
Que sou mago feiticeiro
Que a minha bola de cristal é folha de papel
Nela te pinto nua, nua
Numa chama minha e tua.
Numa chama minha e tua.

Desculpa se te fiz fogo e noite
Sem pedir autorização por escrito
Ao sindicato dos deuses...
Mas não fui eu que te escolhi.
Desculpa se te usei
Como refúgio dos meus sentidos
Pedaço de silêncios perdidos
Que voltei a encontrar em ti...

É que hoje acordei e lembrei-me
Que sou mago feiticeiro...

...nela te pinto nua, nua
Numa chama minha e tua.
Numa chama minha e tua.

Ainda magoas alguém
O tiro passou-me ao lado
Ainda magoas alguém...
Se não te deste a ninguém
Magoaste alguém
A mim... passou-me ao lado.
A mim... passou-me ao lado.




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