sábado, 14 de fevereiro de 2015

Vitorino & Septeto Habanero - Toda Uma Vida





Vitorino Salomé Vieira, ou apenas Vitorino , como é conhecido - nascido em Redondo, (Alentejo, Portugal), a 11 de Junho de 1942 - é um cantor português. A sua música combina o folclore tradicional, principalmente do Alentejo, e o estilo popular da sua voz.

Vitorino nasceu numa família de músicos, no Redondo. Desde que nasceu que ouvia música em sua casa, tocada pelos seus tios, tendo sido sempre neste ambiente que cresceu, bem como os seus quatro irmãos, todos igualmente músicos. Vitorino é o terceiro dos cinco; o cantor Janita Salomé é o quarto.

Conheceu Zeca Afonso, de quem se tornou amigo, quando estava a fazer a recruta no Algarve. Fixou-se em Lisboa a partir dos 20 anos, onde se associou à noite, às tertúlias e aos prazeres boémios. Em 1968 entrou para o Curso de Belas Artes, mas já antes disso tinha começado a pintar.

Emigrado em França, estudou pintura e, para sobreviver, lavou pratos em restaurantes. Foi aqui que um amigo lhe disse que se ganhava mais a cantar na rua ou no metro do que a lavar pratos. Experimentou: era verdade. Largou os pratos e agarrou na guitarra.

Também em Paris juntou-se, entre outros, com Sérgio Godinho e José Mário Branco, igualmente emigrados.

Colaborou em discos de José Afonso, "Coro dos Tribunais", e Fausto. Actuou no célebre concerto de Março de 1974, I Encontro da Canção Portuguesa, que decorreu no Coliseu dos Recreios. Lançou nesse ano o seu primeiro single: "Morra Quem Não Tem Amores".

Participou no disco "Cantigas de Ida e Volta", conjuntamente com outros nomes como Fausto, Sheila e Sérgio Godinho.

Em 1975, estreou-se com o seu primeiro disco que incluía uma das canções mais importantes do imaginário português: “Menina estás à janela”. No álbum "Semear Salsa ao Reguinho" aparecem ainda canções como “Cantiga d'um Marginal do séc. XIX”, “A primavera do Outono”, “Cantiga de Uma Greve de Verão” e “Morra Quem Não Tem Amores”.

Em 1977, foi editado o disco "Os Malteses" que inclui “Oh Beja, Terrível Beja”, uma evocação ao tempo em que cumpriu o serviço militar obrigatório naquela cidade. Vitorino foi também o produtor do disco "Ó Rama Ó Que Linda Rama" de Teresa Silva Carvalho, editado nesse ano.

O Grupo de Cantadores do Redondo, do qual fazia parte, lançou em 1978 o disco "O Cante da Terra".
O álbum "Não Há Terra Que Resista - Contraponto", que inclui o tema “Dá-me Cá Os Braços Teus”, foi editado em 1979.

"Romances", editado em 1980, conta com a colaboração especial de Pedro Caldeira Cabral. “Indo Eu Por I Abaixo” e “Laurinda” são algumas das canções deste disco.

O álbum "Flor de la Mar", editado em 1983, incluiu temas como “Queda do Império”, com Filipa Pais, “Cervejaria da Trindade”, “Marcha Ingénua” e “Dama de Copas”.

"Leitaria Garrett" é lançado no Outono de 1984. “Tinta Verde”, “Leitaria Garrett”, “Tragédia da Rua das Gáveas”, “Andando Pela Vida”, “Poema”, “Menina Estás À Janela” (com o Opus Ensemble) e “Postal para D. João III” são alguns dos temas.

Em Dezembro de 1985, foi editado o álbum "Sul" com temas como “Meninas”, “Sul” e “Homens do Largo”. Um ano depois foi editado o maxi-single “Joana Rosa”.

O álbum "Negro Fado", co-produzido por António Emiliano e José Manuel Marreiros, foi editado em Abril de 1988. O disco inclui temas como “Vou-me Embora”, “Negro Fado”, “Flor de Jacarandá” e uma versão em crioulo de “Joana Rosa”. O disco venceu o Prémio José Afonso.

"Cantigas de Encantar", com a participação dos seus sobrinhos, foi lançado em Novembro de 1989. O disco inclui um livro com dez histórias populares.

Em 1990, surgiu com o quarteto Lua Extravagante, com Filipa Pais e os seus irmãos Janita e Carlos Salomé. O álbum homónimo surgiu em 1991 com canções como “Lua de Papel”, “Ilha” ou “Adeus Ó Serra da Lapa”.

Com o álbum "Eu Que Me Comovo Por Tudo E Por Nada", de 1992, com textos de António Lobo Antunes, venceu o Prémio José Afonso/93 e o Se7e de Ouro/92 para música popular. Os temas mais conhecidos deste disco são “Bolero do Coronel Sensível Que Fez Amor Em Monsanto”, “Tango do Marido Infiel Numa Pensão do Beato” e “Ana II”.

Em 1993 foi editada a compilação "As Mais Bonitas", com regravações de “Laurinda” e de “Menina Estás À Janela” e a gravação de Vitorino para “Ó Rama Ó Que Linda Rama”.

O álbum "A Canção do Bandido", editado em Novembro de 1995, inclui canções como “Nomes do Amor”, “Fado da Prostituta”, “Tocador de Concertina” e “Fado Alexandrino”. É um dos discos candidatos ao Prémio José Afonso.

Foi fundador do projecto Rio Grande, juntamente com Rui Veloso, Tim, João Gil e Jorge Palma. O disco de estreia foi editado em Dezembro de 1996. Em Dezembro de 1997 é editado o álbum “Dia de Concerto” com gravações ao vivo dos Rio Grande.

Vitorino, Janita Salomé, Rui Alves, Ricardo Rocha e João Paulo Esteves da Silva apresentaram no CCB, no âmbito do festival dos 100 dias da Expo-98, os dois espectáculos “A Utopia e a Música” onde apresentaram um repertório menos conhecido de Zeca Afonso.

Com a brasileira Elba Ramalho participou, em 1999, num dos programas "Atlântico", de Eugénia Melo e Castro.

Em 1999, gravou um disco em Cuba com o Septeto Habanero. “Desde El Día En Que Te Vi” e “Toda Una Vida” foram os temas em maior destaque do disco "La Habana 99".

Participou, com Pedro Barroso e Isabel Silvestre, na campanha da Fenprof para colocar novamente de pé o sistema educativo timorense. No disco "Uma Escola Para Timor", de 2000, são interpretadas canções do professor e músico Rui Moura.

Em Novembro de 2001 foi editado "Alentejanas e Amorosas". O disco inclui os temas “Vou-me Embora Vou Partir”, “Alentejanas e Amorosas”, “Meu Querido Corto Maltese”, “Ausência em Valsa”, “Cão Negro”, “Constança”, “Bárbara Rosinha”, “Dona dos Olhos Castanhos”, “Paixão e Dúvida”, “Mariana à Janela”, “Coração ao Deus Dará” e “Guerrilha Alentejana”. Inclui também o tema da série “Estação da Minha Vida”.

A compilação "As Mais Bonitas 2 - Ao Alcance da Mão" é editada em finais de 2002. Inclui os inéditos “Galope” e “O Dia Em Que Me Queiras”. Colabora num dos temas do projecto Cabeças No Ar.

"Ao Alcance da Mão" é o nome de um songbook, editado em Junho de 2003 pela editora D. Quixote, com 25 canções do seu repertório. O livro é acompanhado de um CD onde interpreta os temas “Menina Estás à Janela”, “Queda do Império” e “Alentejanas e Amorosas”.

O álbum "Os Amigos - Coimbra", com arranjos de António Brojo e António Portugal, conta com a participação de Vitorino, Luís Góis, Janita Salomé, Almeida Santos, Manuel Alegre, entre outros.

Em Abril de 2004, foi lançado o disco “Utopia”, de Vitorino e de Janita Salomé, com o registo dos dois concertos realizados no CCB em Fevereiro de 1998. Ainda em 2004 é editado o álbum "Ninguém Nos Ganha Aos Matraquilhos!" que contou com a colaboração de nomes como Rui Veloso, Manuel João Vieira e Sílvia Filipe.

A completar 30 anos de carreira, foi editada em Fevereiro de 2006 a compilação "Tudo", com 50 canções em três discos temáticos subordinados a O Alentejo, Lisboa e O Amor.

Em Abril de 2006, Manuel Freire, Vitorino e José Jorge Letria cantaram Abril para os mais novos no disco "Abril, Abrilzinho" que foi lançado através do jornal Público.

Em 9 e 13 de Maio de 2007 deu concertos ao vivo em Lisboa, no Teatro da Trindade, dos quais resultou o CD intitulado "AO VIVO — Vitorino a preto e branco".

Em 2009, publica o CD "TANGO, El Perro Negro Canta", gravado em Buenos Aires, na Argentina, mas com três temas gravados em Lisboa, o qual dedicou à memória do pintor João Vieira, que lhe ilustrou as capas desde o CD Tudo. (João Vieira é pai do músico Manuel João Vieira, dos Ena Pá 2000.)

Para a comemoração do centenário da implantação da República, em 5 de Outubro de 2010, com a colaboração do Jornal de Notícias e do Montepio Geral e o apoio do Fundo Cultural da Sociedade Portuguesa de Autores, publica um CD de 2 originais intitulado "Viva A República, Viva".

Para comemorar os seus 35 anos de carreira, deu concertos nos Coliseus de Lisboa (10.OUT.2011) e Porto, a que chamou "35 Anos a Semear Salsa ao Reguinho", numa alusão ao seu 1º LP, acompanhado pela belíssima Orquestra das Beiras, com origem e forte ligação à Universidade de Aveiro, para os quais convida alguns amigos para estarem também em palco, quer músicos, quer não músicos.






O Sexteto Habanero era uma famosa banda cubana, fundada em 1920. As origens do grupo remontam a 1917 quando quatro músicos formam um grupo, de nome Cuarteto Oriental. Em 1918, o quarteto expande-se para um sexteto que foi baptizado de Sexteto Habanero. 

Fizeram parte do grupo Guillermo Castillo (guitarrista e director), Carlos Godínez (tres), Gerardo Martínez (voz prima e claves); Antonio Bacallao (botija), Oscar Sotolongo (square bongó) and Felipe Nerí Cabrera (maracas). Mais tarde, entraram novos elementos para o grupo: Agustín Gutiérrez (bongó), Abelardo Barroso (sonero, claves), Felipe Nerí Cabrera (maracas, vocals); Gerardo Martínez (double bass, vocals, leader); Guillermo Castillo (guitar, vocals), Carlos Godínez (tres, vocals).

As gravações da banda em Nova Iorque 1925–31 estão disponíveis num LP and CD.A música da banda é considerada pela crítica como de elevada categoria, tendo mesmo em conta as limitações técnicas da época (anos vinte, do século passado). Com a entrada de um trompetista para a banda, o sexteto passou finalmente a Septeto Habanero.





Nota: o presente post recolheu informação da Wikipedia, Youtube e Letras.mus.br





Nota: Não foi possível encontrar a letra deste tema.



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