quarta-feira, 27 de maio de 2015

Dalida - J'Attendrai





Dalida (nome artístico de Iolanda Christina Gigliotti) - nascida no Cairo, a 17 de Janeiro de 1933, e falecida em Paris, a 3 de Maio de 1987 - foi uma cantora e actriz de origem egípcia que fez carreira em França, alcançando sucesso internacional.

Dalida vendeu mais de 120 milhões de cópias, recebeu 55 discos de ouro e foi a primeira cantora a receber um Disco de Diamante, estabelecendo-a como uma das mais notáveis artistas poliglotas a gravar no século XX.

Dalida apresentou-se e gravou em mais de 10 idiomas diferentes, entre eles francês, italiano, árabe, alemão, espanhol, inglês, holandês, japonês, hebraico e grego. Juntou, ao longo da sua carreira, mais de 19 músicas de sucesso atribuídas ao seu nome (em francês, italiano, alemão e árabe) e possui uma longa lista de nas paradas Top 10 e Top 20 em francês, italiano, alemão, espanhol e árabe, com sucesso de vendagens de compactos e discos por mais de 40 anos em França, Itália, Alemanha, Bélgica, Espanha, Holanda, Luxemburgo, Suíça, Áustria, Egito, Jordânia, Líbano, Grécia, Canadá, Rússia, Japão e Israel.

Quatro das gravações de Dalida em inglês ("Alabama Song", "Money Money", "Let Me Dance Tonight", e "Kalimba de Luna") obtiveram enorme sucesso, principalmente em França e Alemanha, sem mesmo terem sido lançadas nos mercados dos Estados Unidos e Reino Unido.

O idioma materno de Dalida era o italiano, apesar de ter aprendido o árabe-egípcio, dado ter crescido no Cairo. A cantora adquiriu fluência no idioma francês, depois de se estabelecer em Paris, em 1954. Mais tarde, aprendeu o inglês e também conversações básicas em alemão e espanhol, além de possuir uma certa facilidade em cumprimentar os seus fãs em japonês.

Yolanda Christina Gigliotti nasceu no distrito de Shoubra, no Cairo, Egipto , numa família de classe média. Os seus pais eram italianos, oriundos da Calábria, que imigraram para o Egipto no início do século XX. Filha do meio, tinha dois irmãos: Orlando e Bruno - que, mais tarde, durante a carreira de Dalida mudaria seu nome para Orlando, como o seu outro irmão, tornando-se seu produtor. O seu pai chamava-se Pietro Gigliotti e foi o primeiro violinista (primo violino) do "Cairo Opera House", e faleceu quando a filha tinha 12 anos de idade. Dalida viveu os seus primeiros anos de vida em Shoubra onde estudou na Scuola Tecnica Commerciale Maria Ausiliatrice, uma escola católica italiana.

No ano de 1950, Yolanda participou no concurso de beleza Miss Ondine, vencendo a competição. Tal permitiu-lhe trabalhar como modelo no estúdio de moda "Donna", um dos mais importantes da cidade do Cairo. Aos 21 anos, em 1954, competiu e venceu o concurso de Miss Egito 1954, sendo considerada então a mulher mais bela do Egipto e ganhando fama no país.

Após vencer o Miss Egipto, foi convidada a actuar em diversos filmes. Para isso, teve aulas de canto já que, em grande parte destas produções, também participava cantando. Yolanda fez os filmes "Joseph et ses frères", "Le masque de Toutankhamon" e "Un verre, une cigarette" (Sigarah wa kas). Foi quando foi descoberta pelo realizador francês Marc de Gastyne que excursionava pelo Egito e viu Dalida nas telas do cinema. Aconselhou Dalida a tentar carreira em França e, embora toda a relutância da mãe, mudou-se para Paris, na véspera do Natal de 1954, com a intenção de seguir uma carreira cinematográfica. Foi aí que adoptou o nome artístico de Dalila.

A sua carreira no cinema francês não foi satisfatória, pelo que iniciou-se a cantar num cabaré em Itália. Bruno Coquatrix promovia um programa de caloiros para jovens cantores no então recentemente reformado e re-inaugurado Olympia de Paris. Dalida interpretou a música "Étrangère Au Paradis" e Bruno Coquatrix encantou-se com a sua interpretação que logo foi apresentada a Lucien Morisse e Eddie Barclay - dupla que desempenharia papel fundamental na carreira da artista. Morisse foi produtor artístico do popular Radio Europe 1 e Barclay um reconhecido produtor de discos. Aconselharam a cantora a adoptar um novo nome artístico, Dalida, que para eles soaria mais natural. Logo após firmar contrato com Barclay o single de estreia de Dalida, "Madona", foi divulgado e promovido fortemente por Morisse obtendo moderado sucesso.

1956-1964 - A era "Bambino"

O lançamento de "Bambino", em 1956, seria o grande sucesso da cantora, ficando 46 semanas nas paradas Top 10 da França, representando uma das maiores vendagens de discos na história francesa, e por suas vendas - que ultrapassaram as 300.000 cópias - Dalida recebeu o seu primeiro Disco de Ouro, em 17 de Setembro de 1957. No mesmo ano, Dalida ainda auxiliaria Charles Aznavour no Olympia. O single precedente a "Bambino", a exótica "Gondolier", foi lançada no Natal de 1957, também sendo um grande sucesso, como outros trabalhos da mesma época, tais como "Come Prima (Tu Me Donnes)", "Ciao Ciao Bambina", e uma versão dos The Drifters "Save The Last Dance For Me", "Garde-Moi La Dernière Danse".

Dalida e o seu produtor Lucien Morrise iniciam um romance, mas havia um problema: ele já era casado e era pai. Lucien prometeu a Dalida que se iria divorciar da esposa para ficar com ela, mas isso demorou vários anos.
Lucien conseguiu, mais tarde, divorciar-se da esposa e casou com Dalida, mas Lucien tinha um vício: trabalho, e muitas vezes não tinha tempo para a esposa, Dalida sentia-se abandonada e revelou estar apaixonada por um outro homem. Divorciaram-se em 1964 tendo Lucien cometido suicídio em 1970.

Dalida realizou uma grande tournée desde 1958 até ao começo da década de 1960, apresentando-se em França, Egipto e Itália. A sua tournée no Egipto e Itália difundiu a sua fama fora de França. Dalida passou a ser reconhecida em toda Europa. Na mesma época, Dalida apresentou-se num mês de shows no Olympia, cuja bilheteira se esgotou completamente. Logo após isso, Dalida embarcou para uma tournée em Hong Kong e Vietnam. Em 1964, Dalida também terminaria a sua transformação para ficar loira. Por toda a década de 1960, Dalida, frequentemente, esgotou lotações nas suas apresentações no Olympia. As apresentações internacionais iam-se tornando cada vez mais frequentes.

Dalida iniciou então um romance com o cantor italiano Luigi Tenco, o qual havia passado cinco anos trabalhando numa música chamada "Ciao amore ciao". Ele e Dalida acabaram por a cantar no Festival de Sanremo de 1967, o evento mais importante de música italiana, que ocorreu na trágica noite de 27 de janeiro.

Os jurados não gostaram da canção e eles acabaram por ser desclassificados. Tenco ficou arrasado e não compareceu ao jantar dos artistas após as apresentações. Dalida foi para o hotel e encontrou Luigi morto no chão do quarto do hotel. O cantor suicidara-se com um tiro de pistola na orelha, deixando claro num bilhete que não se matou porque cansara de viver, mas sim como forma de protesto contra os jurados do festival.

Tentativa de suicídio

Um mês depois do suicídio de Tenco, a cantora arquitectou um plano de suicídio. Fingiu sair de Paris, em direção ao Aeroporto de Orly, para embarcar num vôo para Itália. No entanto, ao invés de o fazer, Dalida hospedou-se no quarto 410 do Hotel Príncipe di Galle , o mesmo em que havia se hospedado com Tenco antes de Sanremo. Dalida deixou na maçaneta da porta uma mensagem com o aviso “Não perturbe” e, antes de ingerir vários medicamentos, escreveu três cartas: uma ao ex-marido, uma à mãe, na qual rogava para que não se desesperasse e outra para o seu público.

Dalida foi salva pela intervenção de uma camareira que percebeu que, por baixo da porta, que a luz estava acessa há mais de 48 horas, advertindo então o gerente do hotel. Um funcionário acessou o quarto da cantora através de um quarto vizinho e encontrou-a na cama, em estado de coma. Dalida viria a sair do estado de inconsciência, após cinco dias, ficando de repouso por quatro meses. Dalida voltaria a apresentar-se, em Junho de 1967, sendo aclamada pelos franceses no seu retorno aos palcos.

1968-1976

No dia 5 de Dezembro de 1968, foi condecorada com a Medalha da Presidência da República, pelo General de Gaulle, sendo a única pessoa do mercado musical a receber essa condecoração.

O início da década de 1970 representou uma fase de transição para a cantora, abrilhantada por alguns de seus singles de maior sucesso. Bruno Coquatrix questionava a evolução da carreira de Dalida, e ficou bastante duvidoso em a promover para uma série de apresentações em 1971. Dalida alugou o local das apresentações do próprio bolso, e o seu show teve uma comovente aceitação de público. Em 1973, uma versão em francês para a música italiana "Paroles Paroles", originalmente gravada por Mina, foi gravada por Dalida e seu amigo pessoal Alain Delon. A canção transformou-se num grande hit e foi o single de número 1 nas paradas da França e Japão. Em seguida, "Il Venait d’Avoir Dix-Huit Ans", alcançou número 1 em nove países, e vendeu três milhões e meio de cópias na Alemanha.

Dalida e o cantor Richard Chanfray iniciam um romance em 1973. No começo, até que os dois se davam bem, mas depois de um certo tempo, Richard revelou-se um homem agressivo, machista e insuportável. As brigas eram muitas e Dalida tentou separar-se dele muitas vezes, mas ele fazia cenas de arrependimento e sentimentalismo tão intensas que Dalida sentia pena dele e acabava por lhe dar outras chances.

"Gigi L’Amoroso", lançada em 1974, viria a apresentar maiores números nas listas que o seu predecessor, alcançando o topo das paradas em 12 países. Aí começava uma fase de vendas extraordinárias, com Dalida se apresentando no Japão, Canadá e Alemanha. Em Fevereiro de 1975, os críticos de música da França premiaram a cantora com o prestigiado Prix de l'Académie du Disque Français (Prêmio da Academia do Disco Francês).

1976-1987

O ano de 1976 significaria uma reinvenção na carreira de Dalida. Em Fevereiro daquele ano é lançado o disco "J’Attendrai" cuja música de trabalho do mesmo nome permaneceu quatro semanas no topo das paradas francesas e uma semana na nona colocação. "J'Attendrai" é considerado o primeiro single de Disco Music da França. Na mesma época, a popularidade dos shows de variedades era uma febre por toda a Europa e Dalida fez inúmeras apresentações de TV nessa época, não só na França mas em toda Europa.

Em 1978, gravou "Salma Ya Salama", composição francesa com inspiração na música árabe, originalmente gravada língua francêsa e dado a seu grande sucesso versionada e regravada em árabe, italiano e alemão. "Salma Ya Salama" e outras canções em árabe gravadas por Dalida como "Helwa Ya Baladi" e "Ahsan Nas" se tornaram extremamente populares no Egito, fazendo de Dalida a única cantora a quebrar a barreira entre a música árabe e a música ocidental. A sua amiga e também cantora, a libanesa Fairouz foi outra grande artista a cruzar as fronteiras musicais, mas no lado oposto: do Oriente para o Ocidente, com o seu imenso sucesso em toda Europa, América do Norte e Sul, e Austrália.

O sucesso de "Salma Ya Salama" foi seguido pelo primeiro single francês de medleys, "Génération ‘78", em estilo disco, trazendo alguns dos seus maiores sucessos. Esse também se tornou o primeiro single francês a ser acompanhado por um videoclip. Em Novembro daquele ano, Dalida apresentou um musical Broadway no Carnegie Hall de Nova York, com coreografia de Lester Wilson, o mesmo criador das coreografias de John Travolta no ano anterior para o filme Saturday Night Fever. Dois anos depois, acompanhando o sucesso de "Monday Tuesday… Laissez-Moi Danser" no verão de 1979, dalida repetiria a mesma apresentação no Palais des Sports, e cada show fechado encorajava mais ainda a cantora a embarcar numa tournée nacional que duraria até ao Outono. No mesmo ano, a canção "Gigi In Paradisco", uma continuação da já conhecida "Gigi L’Amoroso" foi lançada.

Em 1981, Dalida finalmente se separa de Richard que era apresentado como tendo problemas mentais, ele era alquimista e dizia ter poderes paranormais como ressuscitar animais mortos, transformar metal comum em ouro, como também dizia também ser a reencarnação do misterioso Conde de St. Germain que viveu no século XVIII. Richard e sua namorada se suicidaram em 198326 .
O ano de 1981 ficou marcado com o lançamento de "Rio do Brasil". Neste ano, também Dalida se apresentou por diversas vezes no Olympia, igualando o sucesso da tournée de 1980. Na noite da sua primeira apresentação, tornou-se a primeira cantora do mundo a ser premiada com um Disco de Diamante, em reconhecimento das suas magníficas vendagens que até aquele ponto da carreira passavam os 86 milhões de discos. Dalida passou grande parte de 1982 e 1984 em tournée, lançando o álbum "Les P'tits Mots" em 1983 que trazia grandes hits como "Lucas", "Femme", uma versão francesa de "Smile" de Charles Chaplin, e "Mourir Sur Scène". O álbum "Dali" foi lançado em 1984, e foi acompanhado do lançamento de diversos singles, incluindo "Soleil", "Pour Te Dire Je T’Aime", versão francesa para “I Just Called To Say I Love You" de Stevie Wonder, e "Kalimba de Luna", originalmente gravada por Tony Esposito. Todos estes três apresentaram moderados números de sucesso, e seu próximo álbum, em 1986, "Le Visage de L’Amour", seria seu último álbum de canções totalmente inéditas (Com exceção da última canção, sendo esta "Mourir Sur Scène").

Dalida foi submetida a duas intervenções oftalmológicas em 1985, o que a obrigou a dar um intervalo na sua carreira, mas isso não a impediu de gravar mais dois grandes sucessos naquele ano: "Reviens-moi" e "Le temps d'aimer".

Ainda em 1985, começou um romance com o seu médico François Naudy, mas o romance não era satisfatório, ele era um homem frio e ausente, o que fazia Dalida sofrer, mas, mesmo assim, eles ainda ficaram juntos durante dois anos.

Em 1986, Dalida desempenhou o papel de uma jovem avó no filme de Youssef Chahine "Le Sixième Jour", cuja participação teve positiva repercussão por parte da crítica. Ainda em 1986, ela ainda gravaria mais alguns sucessos como "Parce que je ne t'aime plus", "Les hommes de ma vie", uma nova versão de "La danse de Zorba" e uma canção sobre o seu filme "Le sixiéme jour", esta última seria a última canção gravada de sua vida. A sua derradeira apresentação ao vivo foi no final de Abril de 1987, em Ancara, na Turquia, onde cantou para o presidente da Turquia.

Morte
Após 31 anos de sucesso ininterrupto, Dalida tinha uma incrível habilidade de trasmitir alegria e optimismo apesar de estar tão ferida sentimentalmente. Dalida foi um ímã para homens suicidas, cada vez mais sozinha e angustiada, terrivelmente arrependida por passar a sua vida inteira dedicada à sua carreira e a homens que só a fizeram sofrer e a privaram do seu maior desejo: o de ser mãe. Os anos começaram a pesar-lhe, talvez a canção dela que mais justifique o seu sofrimento seja "Je suis malade".

Após anos de buscas através da filosofia, religião e misticismo a fim de preencher o vazio que a lançara numa profunda depressão, Dalida suicida-se, aos 54 anos de idade, no dia 3 de Maio de 1987, ingerindo elevada dose de barbitúricos. Deixou duas cartas: uma para o seu irmão Orlando e outra para o seu companheiro François Naudy, além de uma nota de suicídio ao seus fãs com a frase: “Pardonnez-moi, la vie m'est insupportable” (Me perdoem, a vida tornou-se insuportável para mim).

Legado

Desde a sua morte Dalida tem-se tornado uma figura de culto por uma nova geração de fãs. Em 1988, a Enciclopédia Universal encomendou uma pesquisa que foi publicada no periódico “Le Monde”, cujo objetivo seria revelar as personalidades de maior impacto na sociedade francesa. Dalida ficou no segundo lugar, perdendo apenas para o General de Gaulle.

Em 1992 foi lançada a primeira série trazendo toda sua obra discográfica distribuída em dois tomos: "Les Années Barclay", de 1992, contendo 10 CD's e "Les Années Orlando" de 1997, composto de 12 CD's
.
Em 1997, no cruzamento das ruas Girardon e Abreuvoir , o "Butte Montmartre" em Paris, foi reinaugurado com o nome de Place Dalida (Praça Dalida) e um busto de Dalida foi aí erigido.

Em 2000, o seu amigo de longa data Charles Aznavour gravou o sucesso "De La Scène À La Seine", uma canção alegre sobre sua vida na França. Em 2001, o governo francês homenageou a sua memória com um selo postal feito em comemoração aos 15º aniversário de sua morte. No mesmo ano, o Grupo Universal Music relançou os primeiros álbuns de Dalida em embalagens de edição especial, tendo todas suas faixas remasterizadas digitalmente. 

A sua saída da música também foi tema para vários álbuns de remixes. Dalida vendeu um total de mais de 130 milhões de cópias de 1956 a 2006. Desde sua morte, muitos dos sucessos de Dalida foram remixados no estilo techno e dance, sendo sucesso em vários países até aos dias de hoje. Orlando, irmão de Dalida, cujo nome verdadeiro é Bruno e que foi seu produtor e empresário é o detentor dos direitos de imagem e fonográficos da cantora.

Discografia

Discos de Estúdio

1956 Son Nom Est Dalida
1957 Miguel
1958 Gondolier
1958 Les Gitans
1959 Le Disque D'or De Dalida
1959 Love In Portofino (A San Cristina)
1960 Les Enfants Du Pirée
1961 Garde-Moi La Dernière Danse
1961 Loin De Moi
1961 Milord
1961 Rendez-Vous Mit Dalida (Lançado Na Alemanha)
1962 Le Petit Gonzales
1963 Eux
1964 Amore Scusami (Amour Excuse-Moi)
1965 Il Silenzio (Bonsoir Mon Amour)
1966 Pensiamoci Ogni Sera (Lançado Na Itália)
1967 Olympia 67 (Disco De Estúdio)
1967 Piccolo Ragazzo (Lançado Na Itália)
1968 Un Pò D'amore (Lançado Na Itália)
1968 Le Temps Des Fleurs
1969 Canta In Italiano (Lançado Na Itália)
1969 Ma Mère Me Disait
1969 In Deutsch (Lançado Na Alemanha)
1970 Ils Ont Changé Ma Chanson
1971 Une Vie
1972 Il Faut Du Temps
1973 Sings In Italian For You (Lançado Na Itália)
1973 Julien
1974 Manuel
1975 Sempre Più (Lançado Na Itália)
1975 J'attendrai
1976 Coup De Chapeau Au Passé
1976 Die Neuen Lieder Der Dalida (Lançado Na Alemanha)
1977 Femme Est La Nuit
1977 Salma Ya Salama
1978 Génération 78 / Voilà Pourquoi Je Chante / Ça Me Fait Rêver
1979 Dédié À Toi (Monday Tuesday)
1980 Gigi In Paradisco
1981 Olympia 81 (Disco De Estúdio)
1982 Spécial Dalida
1982 Mondialement Vôtre
1983 Les P'tits Mots
1984 Dali
1986 Le Visage De L'amour
1987 La Magie Des Mots (Álbum Não Lançado)
1987 Tigani Bi Arab (Lançado No Egito)

Discos Ao Vivo

1972 Olympia 71
1974 Olympia 74
1977 Olympia 77
1980 Le Spectacle Du Palais Des Sports 1980
1997 Olympia 1959 (Inédito)
2000 Live! Instants D'émotions
2007 Live! Instants D'émotions (2ª Tiragem)
2007 Olympia 1974 (Relançamento)

Compilações e Coletâneas

1967 De "Bambino" À "Il Silenzio"
1978 Génération 78 / Voilà Pourquoi Je Chante / Ça Me Fait Rêver
1980 Été 80 : Rio Do Brasil
1982 Le Disque D'or Du Mundial '82
1986 Le Sixième Jour
1986 The Best Of Dalida
1987 The Best Of Dalida, Vol. 2
1987 Am Tag, Als Der Regen Kam - Ihre Grossen Erfolge
1988 Master Serie Vol.1
1989 Dalida Mon Amour
1990 Dalida Mon Amour Vol.2
1991 Les Années Barclay : 1956-1970
1993 Paroles, Paroles
1993 Am Tag, Als Der Regen Kam (Gravações Em Alemão: 1959-1963)
1995 Master Serie Vol.2
1997 Les Années Orlando : 1970-1997
1999 Dalida La Légende
1999 Dalida Story
2000 Je Danse, Je Vis, J'aime
2004 Mademoiselle Succès
2004 The Queen
2006 Les Années Disco
2007 Les 101 Plus Belles Chansons
2007 With Love: Best Of (Estados Unidos)
2007 Italia Mia
2008 Les 50 Plus Belles Chansons
2008 Sus Más Grandes Exitos En Español
2008 Deutsch Gesang Ihre Grossen Erfolge
2009 Dalida Glamorous
2009 Arabian Songs
2009 D'ici Et D'ailleurs

Trilhas Sonoras

1977 Pour Toujours (Trilha Sonora do Filme)

Discos de Remix

1995 Comme Si J'étais Là
1996 À_Ma_Manière...
1997 L'an 2005
1998 Le Rêve Oriental
2001 Révolution 5° Du Nom

Prêmiações

Premiações de Discos

Ouro
1981 - Olympia '81 - França
1995 - Comme Si J'étais Là... - França (1996)
1996 - À Ma Manière - França
1997 - L'an 2005 - França (2000)

Premiações de compilações e coletâneas

Ouro
1987 - Master Serie, Vol. 1 - França (2004)
1989 - Mon Amour - França (1992)
1991 - Les Années Barclay - França (2005)
2002 - 15 Ans Déjà... L'original – França

Platina
1997 - Les Années Orlando - França
1997 - 40 Succès En Or - França (2002)



Nota: o presente post recolheu informação da Wikipedia, Youtube e Letras.mus.br





Dalida

J' Attendrai



J' attendrai
Le jour et la nuit, j' attendrai toujours
Ton retour
J' attendrai
Car l' oiseau qui s' enfuit vient chercher l' oubli
Dans son nid
Le temps passe et court
En battant tristement
Dans mon coeur si lourd
Et pourtant, j' attendrai
Ton retour

J' attendrai
Le jour et la nuit, j' attendrai toujours
Ton retour
J' attendrai
Car l' oiseau qui s' enfuit vient chercher l' oubli
Dans son nid
Le temps passe et court
En battant tristement
Dans mon coeur si lourd
Et pourtant, j' attendrai
Ton retour

Le vent m' apporte
Des bruits lointains
Devant ma porte
J' écoute en vain
Helas, plus rien
Plus rien ne vient
J' attendrai
Le jour et la nuit, j' attendrai toujours
Ton retour

J' attendrai
Car l' oiseau qui s' enfuit vient chercher l' oubli
Dans son nid
Le temps passe et court
En battant tristement
Dans mon coeur si lourd
Et pourtant, j' attendrai
Ton retour
Et pourtant, j'attendrai
Ton retour

(Instumental)

Le temps passe et court
En battant tristement
Dans mon coeur si lourd
Et pourtant, j' attendrai
Ton retour





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