sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Lila Downs - Zapata Se Queda






Ana Lila Downs Sánchez, mais conhecida como Lila Downs - nascida a 9 de Setembro de 1968, em Tlaxiaco (Oaxaca), no México - é uma cantora, intérprete, compositora, produtora musical e actriz mexicana do género world music, que canta em diversos idiomas, principalmente em espanhol e muito poucas vezes em inglês, para esquecer as suas raízes paternas. No seu estilo musical reivindica as suas raízes mexicanas bem como outras com origem no folclore de várias culturas mesoamericanas, interpretando melodias em diversas línguas entre as que se destacam sobretudo a mixteco, zapoteca, maia, purépecha e nahua, além das músicas regionais do México baseando-se nos sons do estado de Oaxaca.

Downs ganhou fama depois do lançamento do seu primeiro álbum de estúdio, "La sandunga", em 1999, que obteve uma recepção crítica positiva. Todavia, a sua estreia comercial no mercado discográfico hispano-americano aconteceu apenas em 2000 com o álbum "Árbol de la vida/Tree of life". O sucesso internacional veio, de forma definitiva, em 2001 com o disco "La línea/Border".

Lila é ganhadora de um prémio Grammy e de dois prêmios Grammy Latino. Inspirada por cantores de trova como Mercedes Sosa e Chabuca Granada, assim como artistas de música folclórica como Totó la Momposina e Susana Baca, Lila é conhecida pelo seu sentido estético em relação à música, pelo seu peculiar estilo moderno e alternativo, pelas suas apresentações ao vivo e pelos seeus vídeos musicais nos quais sempre se ressalta a sua marcante presença. A sua contribuição para a indústria musical já lhe rendeu numerosos reconhecimentos. Actualmente, Lila Downs é considerada uma das artistas mais importantes do seu género pelo seu impacto global claramente consolidado.


Biografia

Filha de Allen Downs, um professor de arte e cinematógrafo de Minnesota (Estados Unidos da América), de origem britânica, e de Ana Sanchéz, de origem mixteca. Lila Downs nasceu a 9 de Setembro de 1968, na cidade de Tlaxiaco, no estado mexicano de Oaxaca. Desde muito pequena que Lila mostrou interesse pela música. Começou a cantar aos oito anos de idade, interpretando músicas rancheras e tradicionais, tendo os mariachis como primeira referência musical. Aos catorze anos, mudou-se com os seus pais para os Estados Unidos e foi ali que decidiu estudar vocalização em Los Angeles e aprender o idioma inglês que o seu pai a ajudou melhorar. Quando tinha dezasseis, o seu progenitor morreu, pelo que decidiu regressar com a sua mãe à sua cidade natal, Tlaxiaco.

Apesar de Lila sempre se ter mostrado orgulhosa da sua origem indígena houve um momento em que não se sentia identificada com o ambiente em que vivia devido à diferença cultural e material do lugar em que havia crescido. Foi então que decidiu ir estudar para os Estados Unidos onde tirou a licenciatura em Antropologia, na Universidade de Minesota. Foi nessa época que conheceu Paul Cohen, um saxofonista norte-americano que a incentivou a retomar a carreira musical. Decide regressar a Oaxaca para complementar a sua formação na Academia de Belas Artes de Oaxaca. Mais tarde, culminou os seus estudos musicais na cidade de Nova York.


Carreira artística

Início

Aos 25 anos, depois de concluir os seus estudos académicos e musicais, Lila Downs decidiu regressar a Tlaxiaco, desta vez com Paul Cohen - quem sempre a incentivou a enveredar por uma carreira artística. Ingressou num grupo de percussão local chamado Los Cadetes de Yodoyuxi, mas devido à agenda de Paul, que tinha assuntos a tratar nos Estados Unidos, começaram a alternar a sua permanência entre Minnesota e Oaxaca.

Durante as suas temporadas em Minnesota, Downs formou o conjunto La Trova Serrana, conquistando grande popularidade entre o público latino dos Estados Unidos, cantando temas sobre a comunidade zapateca e os seus valores culturais. Quando voltou para o México começou a cantar em bares, restaurantes e clubes da cidade de Oaxaca de Juárez, em Filadélfia e na Califórnia (Estados Unidos), contando sempre com o apoio de Paul, obtendo repercussão positiva pela crítica musical, motivo pelo qual decidem fazer uma grande tournée pelo México. Lila e Paul acabariam por se envolver romanticamente e actualmente estão casados.


1994-1996: Primeiros álbuns

Em 1994, com somente 26 anos, Lila Downs lançou o seu primeiro álbum gravado de forma independente, intitulado "Ofrenda". As canções incluídas neste material são uma colecção de músicas tradicionais oaxaquenhas e mexicanas. Este álbum também contém músicas escritas pela cantora, que datam desde de o início da sua fase como compositora, com letras interpretadas em espanhol, mixteco e zapoteca que são línguas nativas do estado de Oaxaca. Este material foi produzido de forma independente e contou com o apoio do Instituito Oaxaquenho das Culturas. Prevendo que não seria um sucesso comercial, este álbum foi lançado apenas em LP e cassete, nunca tendo sido editada uma versão para CD.

Em 1996, Downs gravou um álbum acústico numa apresentação ao vivo num famoso café da cidade de Oaxaca. Neste disco, Lila foi acompanhada por um conjunto de reconhecidos músicos que apoiaram e colaboraram na sua interpretação de temas tradicionais, assim como músicas rancheras e jazz. Com este trabalho, Lila Downs deu-se a conhecer em diferentes partes da república mexicana. Foi o seu primeiro álbum editado em compact disc, mas ainda não conseguiria um grande impacto já que foi directamente divulgado nas apresentações. Foram lançadas poucas cópias do disco, tanto que nem figura entre os trabalhos relacionados na discografia da cantora, mas ainda é possível encontrá-lo à venda em formato digital.


1997-1999: Trazos - La sandunga

Em 1997, Lila Downs concluiu o seu segundo disco de estúdio, "Trazos" (1998), ainda antes de iniciar a sua carreira internacional. A realização deste material foi como uma maqueta prévia de canções que viriam a ser incluidas nos seus álbuns posteriores, como “La sandunga”, “Árbol de la vida” e “La línea”. Neste disco, a cantora incluiu uma extensão com uma compilação de músicas do reportório tradicional mexicano, mas, tal como nos seus álbuns anteriores, não teve grande repercussão comercial nem se difundiu de forma massiva, razão pela qual actualmente este disco não se encontra no catálogo da artista.

Foi somente em 1999 que Downs, depois de assinar com a gravadora Narada World, conseguiu alcançar sucesso comercial e tornar-se conhecida no cenário internacional com o álbum "La Sandunga" (gravado no ano anterior). Com este material, começou a destacar-se dentro do cenário musical mexicano, já que este disco foi um dos primeiros de música tradicional mexicana no qual se fundiram sons modernos e ritmos como jazz, blues e bolero. Este disco foi interpretado em espanhol e mixteco, e foi produzido por Paul Cohen e Lila Downs, contando com o apoio da Associação Cultural Xquenda. Graças a este trabalho, Lila participou na trilha sonora do filme "Piedras Verdes" e alcançou grande popularidade em países como os Estados Unidos, Espanha, França, Inglaterra e Alemanha, vendendo cerca de 500.000 cópias em todo o mundo.


1999-2000: Árbol de la vida

Lila Downs grava "Árbol de la vida", disco que foi lançado em 2000. Com este material a cantora foi estendendo a sua fama a outros mercados e países como Inglaterra, Suíça, Canadá e, especialmente, Estados Unidos retomando neste trabalho sons e instrumentos pré-hispânicos como o cutinti (tambor ritual de barro, com graduação tonal por níveis de água), percussão autóctones, flautas de carrizo, sonajas, tambores da região do Istmo, percussões eletrônicas, violoncelos, trompetas, bandoneón, flauta transversal, violões e guitarras interpretando sons tradicionais e composições de Lila Downs e Paul Cohen.

Este disco fez com que Lila começasse a se introduzir dentro do gosto musical do público norte-americano e europeu já que várias das músicas incluídas neste material foram interpretadas em mixteco, zapoteco e nahuátil o que causou grande sensação para o público estrangeiro, pois foi um dos primeiros álbuns em que se interpretaram canções em línguas indígenas e que se fez a fusão de sons pré-hispânicos com modernos. Em Outubro de 2000, iniciou uma tournée de dois meses denominada "Árbol de la vida/Tree of life" que incluiu shows na América Latina, Europa e Estados Unidos. A tournée começou no México e foi finalizada em Espanha.


2001-2003: La línea

"La línea" foi o primeiro disco em inglês da intérprete depois de assinar com o selo EMI Music. Este disco saiu à venda de forma simultânea, em Agosto de 2001, nos Estados Unidos e México. Este álbum mesclou música tradicional, folk, hip hop e rock com elementos do ritmo mexicano e chileno. Nele foram incluídas quinze canções, das quais onze são em espanhol, entre elas "El feo" e "La martiniana", três em inglês e uma em maia. Este disco recebeu boas críticas e chegou a alcançar os primeiros lugares nas paradas musicais dos Estados Unidos, México, Espanha, Reino Unido, França e Áustria. Por outro lado, também causou controvérsias devido as canções do álbum que falam de migração, a exclusão indígena e o massacre de Acteal, temas que para diversas organizações, em especial políticas e ligadas à igreja, que não lhes pareceram adequados e qualificaram a cantora como agitadora e comunista.

O primeiro single que foi lançado no México foi "Mi Corazón me recuerda" do poeta Jaime Sabines, alcançando um sucesso moderado nas listas musicais mexicanas. Para Espanha foi escolhido o single "La llorona", para França foi lançada a canção "Corazoncito tirano", que não teve grande repercussão, enquanto que nos Estados Unidos foi selecionada a música "Medley: Pastures of Plenty/This Land Is Your Land" obtendo um resultado positivo com esta última.


2004-2006: Una sangre

"Una sangre" foi sem dúvida um dos álbuns de maior sucesso de Lila Downs. Saiu à venda de forma simultânea, em Abril de 2004, nos Estados Unidos, Espanha e México. As letras deste álbum versam sobre a imigração, a discriminação,  bem como mencionam o caso da defensora mexicana dos direitos humano Digna Ochoa, para além de sons tradicionais em músicas como "La bamba" e "Viborita de la mar", abarcando sons com son jarocho, chilena, jazz, rock e folk.

Este disco contém treze canções das quais três são interpretadas em inglês, uma em triqui, uma em perépecha e oito em espanhol. As letras são de autoria de Lila Downs, Paul Cohen, Celso Duarte e José Martí, com este material a cantora ganhou o Grammy latino, em 2005, na categoria de "melhor álbum de música world", tendo alcançado os primeiros lugares de popularidade os Estados Unidos, México, Espanha, França, Reino Unido e Alemanha.


2006-2008: La cantina

Lila Downs demorou aproximadamente um ano e meio para preparar este projeto que veio à luz em Abril de 2006. Este disco baseia-se em canções rancheras mexicanas e no género musical corrido, misturado com os estilos pop, rock, música norteña, cumbia e hip hop. Neste disco constam quinze músicas dos quais doze são do repertório tradicional mexicano, sendo três da autoria da cantora. Também inclui uma versão em inglês de "La cumbia del mole", canção que deu fama a Downs e é a carta de apresentação da artista.

A faixa mais conhecida deste último álbum foi “La cumbia del mole”, canção que faz alusão à preparação deste prato mexicano e às festividades e tradições do Estado de Oaxaca. Esta música conseguiu alcançar os primeiros lugares nas paradas musicais do México, Estados Unidos, Canadá e Reino Unido.

Em 2007, Downs lançou um disco com os seus maiores sucessos em espanhol até esse momento, que continha canções de seus álbuns anteriores "La sandunga", "Árbol de la vida", "La línea", "Una sangre" e "La cantina" cujo título foi simplesmente "El alma de Lila Downs". Este álbum veio acompanhado de um DVD com treze músicas gravadas ao vivo durante um show em Madrid (Espanha).


2008-2009: Ojo de culebra

Dois anos depois da estreia de "La Cantina", Lila Downs lançou "Ojo de Culebra" durante o mês de Setembro de 2008 na Europa, América do Norte, Austrália e América Latina. O álbum atingiu o sexto lugar em vendas no México. Colômbia, Argentina, Espanha e vários países latino-americanos. O primeiro single foi “Ojo de culebra” que contou com a participação da cantora espanhola La Mari do grupo de flamenco Chambao. A canção é uma fusão de rock, cumbia e flamenco com certas influências de reggae. Esta música levou a cantora a ocupar os primeiros lugares nas paradas musicais de world music em vários países. O segundo single foi a faixa “Perro negro”, um fusão de rock com ska que não teve tanta presença internacional como a sua predecessora. Esta canção contou com a participação de Rubén Albarrán, vocalista da banda de rock mexicana Café Tacvba.

“Little man”, lançada somente nos Estados Unidos, e “Justicia” converteram-se nos outros dois singles do disco. Este último contou com a participação do cantor espanhol Enrique Bunbury. Neste disco, também participaram Raúl Midon, Gilberto Gutiérrez e Mercedes Sosa.

No mesmo ano, foi lançado o disco "Shake away", que incluía além das treze faixas do disco "Ojo de culebra", versões em inglês das canções “Yo envidio el viento” (I envy the Wind), “Ojo de culebra” (Shake away) e “Justicia” (Nothing but the truth). Esta versão alcançou a quinta posição da categoria world music nos Estados Unidos, tendo obtido diversos reconhecimentos em diversos países (Canadá, Colômbia, Espanha, Argentina, Chile, França, Alemanha, Áustria, Itália, Portugal, Egipto, Costa Rica e México). O single “Black magic woman” conseguiu um sucesso moderado na Europa, Estados Unidos e Canadá. Posteriormente, foi lançado para o mercado anglo-saxão o single “Silent thunder” que teve uma boa aceitação por parte do público. Em Outubro de 2009, foram colocadas as pegadas de Lila Downs na parte exterior da casa onde nasceu, na sua cidade natal, Tlaxiaco (México).
Além disso, a cantora foi premiada com a chave da cidade pelo seu trabalho de difusão da cultura mixteca e como uma das maiores personalidades que nasceram naquele lugar.


2010: Lila Downs y La Misteriosa en París

"Lila Downs y La Misteriosa en París - live à FIP" é o segundo álbum gravado ao vivo de Lila Downs, lançado em 13 de Abril de 2010 (primeiramente em Espanha e  França). Este disco foi gravado em 2009 na Radio França, estúdio 105, na cidade de Paris onde a cantora mexicana foi acompanhada por um conjunto de excelentes músicos que apoiaram a sua interpretação de novos e vibrantes sons. Desde a versão do som jarocho da canção "La iguana" até aos acordes da sua popular versão de "La cumbia del mole" executada aos sons do mais puro estilo mexicano.

O álbum foi lançado em Maio de 2010 nos Estados Unidos e em Julho na maioria dos países, recebendo comentários positivos dos críticos. O disco obteve grande sucesso nas listas musicais, alcançando os primeiros lugares de vendas na Áustria, França, Argentina, Alemanha e Reino Unido, No México foi publicado uma versão, juntamente com um DVD do show, que ficou posicionado em primeiro lugar nas vendas de discos do género world music durante três semanas consecutivas na loja virtual Mixup. Mesmo não tendo sido divulgado mediante ao lançamento de compactos, este disco recebeu atenção moderada nas paradas de música. Numa pesquisa feita pela rede de televisão mexicana Canal 22, sobre os melhores álbuns de 2010, "Lila Downs y La Misteriosa en París" ficou em primeiro lugar.


2011: Pecados y Milagros

"Pecados y Milagros" é o sétimo álbum de estúdio em espanhol de Lila Downs, A 14 de Outubro foi divulgada a capa do disco na página oficial da artista. A 15 de Outubro, o disco foi vazado na rede o que fez com que antecipassem a venda do CD nas lojas. Oficialmente, o disco foi lançado a 18 de Outubro de 2011. A apenas dois dias do seu lançamento oficial, o disco conseguiu alcançar os primeiros lugares de popularidade posicionando-se como o segundo álbum mais baixado no iTunes, tendo ficado em primeiro lugar nas vendas (categoria world music), segundo a rede de vendas Mixup.

Finalizado em 25 de Setembro de 2011, "Pecados y Milagros" faz alusão, entre outros temas, à tradição mexicana do ex-voto, que consiste em mandar que um artista desenhe um milagre que haja sido concedido na vida. Este álbum compõe-se por catorze músicas, sendo seis da autoria da própria cantora e as restantes de compositores como José Alfredo Jiménez, Cuco Sánchez, Tomás Méndez, Macedonio Alcalá e Marco Antonio Solís.

As letras deste disco tratam de amor, desamor, versos dedicados a Zapata, ao mezcal e às mulheres, em especial às molenderas (mulheres que fazem tortilhas). O disco traz colaborações com músicos latinos como o compositor mexicano Celso Piña, a cantora folclórica colombiana Totó la Momposina, o grupo argentino de funk e hip hop Illya Kuryaki & The Valderramas, o cantor argentino Emmanuel Horvilleur e a banda Tierra Mojada.

Actualmente Lila Downs promove o seu sétimo disco de estúdo. A tournée do disco "Pecados y Milagros" teve início na cerimônia de inauguração dos Jogos Pan-Americanos de 2011, realizado na cidade de Guadalajara. Depois disso, a cantora começou a apresentar-se em várias cidades do México e de outros países para divulgar o trabalho. Esperava-se que esta tournée terminasse em meados de 2012.


Incursão pelo cinema

Lila Downs fez pequenas participações em filmes como "Frida" (2002), "Fados" (2007) e "Hasta el último trago corazón". Este último é um documentário sobre a música mexicana no qual participaram diversos expoentes deste gênero. Recentemente, Lila Downs trabalhou na composição e arranjos para o musical "Como agua para chocolate", baseado no livro homónimo de Laura Esquivel, que se estreou no teatro público de Nova York e na Broadway no final de 2011. A cantora participará das filmagens do filme norte-americano "Mariachi Gringo", dirigido por Tom Gustafson, no qual irão participar as actrizes mexicanas Adriana Barraza, Teresa Ruiz e o actor canadiano Shaw Ashmore, Este filme tem previsão de estreia para o primeiro semestre de 2012.


Participação em trilhas sonoras

Em 2001, Lila Downs foi convidada a participar na trilha sonora do filme mexicano "Piedras verdes", onde interpretou "Canción mixteca". Em 2002, contribuiu para a trilha sonora do filme "Frida" com vários temas, entre os quais "Burn it blue", que seria nomeado ao Óscar de melhor canção e que Lila Downs interpretou, ao lado de Caetano Veloso, na cerimônia da 75ª entrega dos Prêmios Oscar.

A cantora também participou de outros trabalhos musicais para cinema como nos filmes "Real Women Have Curves" e "Tortilla Soup" (2001), além do filme de Carlos Saura, "Fados", em que Lila Downs canta em português a música "Foi na Travessa da Palha".


Colaborações

Em 2003, foi convidada pela Twelve Girls Band a participar num show em Shangai (China), onde cantou em inglês e francês.

Em 2005, colaborou com a banda galega Luar na Lubre no álbum "Saudade", na canção "Domingo Ferreiro", interpretada em galego.

Em 2008, participou do álbum "No tiente fin", da banda Los Cojolites, na canção "La Herlinda".

Também participou da gravação da música "El Pescador" do disco Sin fecha de caducidad, do cantor mexicano Celso Piña.

Em 2009 participou do disco do cantor basco Kepa Junkera interpretando o tema "Haurtxo polita" no idioma euskera. Para o álbum "Cantora, un viaje íntimo Vol. 2", da cantora argentina Mercedes Sosa, grava a canção "Razón de vivir". Neste mesmo ano ainda colabora na faixa "El llorar", do álbum Huapangueando, do músico mexicano Ernesto Anaya.

Em 2010,  dentro da produção discográfica do cantor mexicano Benny Ibarra, chamada "La marcha de la vida", Lila Downs fez um participação cantando junto com Ibarra a canção "Calaveras", que seria o segundo single do álbum. Também em 2010, participa do álbum latino de Roberto Alagna, cantor de ópera francês, na canção "Historias de un amor". Para terminar o ano, interpreta a música "Son del bicentenario", com letra de sua autoria, para o segmento Cultura Popular, criado e dirigido por Felipe Fernández del Paso para o desfile do Bicentenário da Independência Mexicana.


Vida pessoal

Desde que começou a sua carreira artística que mantém um relacionamento amoroso com Paul Cohen, que actualmente é o seu marido e director artístico. Especulou-se muitas coisas sobre a vida do casal no últimos anos já que eles sempre se mostraram muito fechados. Em 2007, a imprensa divulgou que o casal não poderia ter filhos, notícia que mais tarde foi confirmada pela cantora.

Em Junho de 2010, Downs anunciou na sua página oficial na Internet que após vários anos tentando ser pais, enfim havia chegado um filho às suas vidas, o qual haviam adoptado e que baptizaram como Benito Dxuladi. Actualmente, a família reside em Coyoacán, na Cidade do México e em Oaxaca, apesar de que a maior parte do tempo é passado a viajar e a trabalhar.


Discografia

Álbuns de estúdio

La Sandunga (1999)
Árbol de la Vida / Yutu Tata (2000)
La Línea / Border (2001)
Una Sangre / One Blood (2004)
La Cantina (2006)
Ojo de Culebra / Shake Away (2008)
Pecados y Milagros (2011)


Álbuns colectâneas

El Alma de Lila Downs (2007)
Canciones pa' Todo del Año (2012)


Álbuns ao vivo

Azuláo: En vivo con Lila Downs (1996)
Lila Downs y La Misteriosa en París - Live à Fip (2010)


Outros álbuns e EP's

Ofrenda (1994)
Trazos (1998)
Live Session (2007)
Chacala (2010)
Vídeos e DVD’s
Lotería Cantada (2007)
El Alma de Lila Downs (2007)





Nota: o presente post recolheu informação da Wikipedia, Youtube e letras.mus.br






Lila Downs

Zapata Se Queda

  

Son las 3 de la mañana,
Dicen que pena un santito,
Bajito yo oigo que dice:
Caminale despacito ay mamá,
Caminale despacito

Mi sueño me dice no vallas,
Mis piernas me dicen tantito,
Y cuando ya me doy cuenta caramba,
Me muevo poco a poquito ay mamá,
Me muevo poco a poquito.

Seras tu zapata,
El que escucho aquí,
Con tu luz perpetua,
Que en tus ojos ví.

En mi mente se oye,
Que me dice así,
En mi mente se oye
Que me dice así

Por la sombra de la selva,
Se escucho un disparo,
Y cayo un gallo negro,
Por la calle de milagro.

Si tu dices que me quieres
Con el todo al todo,
Y te vas tu, conmigo,
Levantamos polvo.

Ay ay ay ay,
Cuando sueño contigo,
Se dibuja el sereno,
Por todo mi camino

Ay ay ay ay,
Cuando sueño contigo,
No hay ni miedo ni ruda,
Sobre mi destino.

Son las 3 de la mañana,
Dicen que pena un santito,
Bajito yo oigo que dice:
Caminale despacito ay mamá,
Caminale despacito

Mi sueño me dice no vallas,
Mis piernas me dicen tantito,
Y cuando ya me doy cuenta caramba,
Me muevo poco a poquito ay mamá,
Me muevo poco a poquito.

Seras tu zapata,
El que escucho aquí,
Con tu luz perpetua,
Que en tus ojos ví.

En mi mente se oye,
Que me dice así,
Que en mi mente se oye
Que me dice así

Por la sombra de la selva,
Se escucha un disparo,
Y cayo un gallo negro,
Por la calle de milagro.

Si tu dices que me quieres
Con el todo al todo,
Y te vas tu, conmigo,
Levantamos polvo.

Ay ay ay ay,
Cuando sueño contigo,
Se dibuja el sereno,
Por todo mi camino

Ay ay ay ay,
Cuando sueño contigo,
No hay ni miedo ni ruda,
Sobre mi





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